“Tenho orgulho de ser da roça”, diz jovem de Alfredo Chaves

Na propriedade da família, ele gerencia a plantação de repolho, alface, temperos verdes, tomate e uva

Clóvis Rangel e Roberta Bourguignon | 20/09/2023, 04:30 04:30 h | Atualizado em 19/09/2023, 16:14

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/img/inline/150000/372x236/Tenho-orgulho-de-ser-da-roca-diz-jovem-de-Alfredo-0015035200202309191613/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fimg%2Finline%2F150000%2FTenho-orgulho-de-ser-da-roca-diz-jovem-de-Alfredo-0015035200202309191613.jpg%3Fxid%3D626785&xid=626785 600w, Júnior: “Trabalho, muito trabalho"

Morador de São Bento de Urânia, na região Serrana de Alfredo Chaves, o jovem Carlos Júnior Simoura, de 20 anos, disse que nunca pensou em sair da sua região. Na propriedade da família, ele gerencia a plantação de repolho, alface, temperos verdes, tomate e uva.

Segundo ele, cerca de uma tonelada de hortaliças, frutas e verduras é produzida por ano.

“Eu trabalho na roça da minha família todos os dias. É de lá que ganhamos a nossa vida. Tenho muito orgulho de ser da roça, viver nela”, afirmou o jovem.

Aluno do terceiro ano do curso técnico em Agropecuária na Escola Família Agrícola de Alfredo Chaves (Efaac), Carlos destaca a importância da capacitação para viver do campo.

“Temos de estudar, nos capacitar. Não podemos nos privar de aprender. Trabalhar com roça requer conhecimento. São informações sobre como plantar e o que usar para não agredir o meio ambiente e até a nossa saúde. Pretendo, inclusive, ano que vem começar a minha faculdade de Agronomia”.

Aos jovens que querem seguir o mesmo caminho, Carlos aconselha ter humildade, respeito à sabedoria dos mais velhos, ter bons mentores, fazer atualização constante e “trabalho, muito trabalho”.

“Haverá recompensas, mas o ambiente não aceita preguiça, amadorismo e procrastinação. A lida é diária, o esforço é grande, mas os resultados e o bem-estar dos animais compensam tudo”, disse o jovem produtor.

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Em Alfredo Chaves, o agricultor Willian Rocha, de 19 anos, disse que enquanto seus amigos sonham em sair de Caco do Porte, interior da cidade, para morar em Vitória, ele sempre sonhou em cuidar da roça da família.

“Sempre amei trabalhar na roça. Tenho amigos que quiseram ir para a cidade, mas eu nem penso. Sou dos que defendem o campo”.

Segundo ele, dos três filhos, ele é o único que se dedica diariamente na lavoura e até pensa em fazer faculdade de Agronomia.

“Aqui plantamos hortaliças, verduras, cana-de-açúcar, coco e várias frutas. Cuido de tudo todos os dias. Capino, limpo tudo”.

De acordo com Willian, não é só a fazenda que ele herdou dos pais. “Eu herdei o amor pelo campo, o caráter dos meus pais, a honestidade, a responsabilidade com o trabalho na roça. Aprendi a ter palavra. Aprendi a gostar do que é certo, trabalhar pelo que é certo, por valores, ser uma pessoa íntegra, e tudo isso é importante para quem quer viver do campo”.

Sobre os desafios de ganhar a vida com a venda do que produz na terra, o jovem ressalta que tem de ter força de vontade.

“A gente tem de buscar ser melhor 1% a cada dia. No final do ano, a gente vai ter melhorado 365%. A gente tem de estar preparado porque a gente é vencedor, o pessoal do campo é batalhador, a gente tem de ter orgulho disso que a gente representa e seguir em frente para motivar as próximas gerações”.

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