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Cidades

Obra suspensa em praia coloca motoristas em risco


Sem obras no trecho da Rodovia do Sol (ES-060) que liga Guarapari a Anchieta, no Sul do Estado, mais um carro caiu na areia da praia, próximo a Meaípe, no último fim de semana.

Desta vez, foi o Fusca de um pedreiro de 59 anos que seguia para Guarapari na noite de sábado. O motorista sofreu ferimentos leves. Esse é o terceiro veículo que caiu na praia desde que a erosão se iniciou na rodovia, em 2019.

“O fato de ter uma cratera no acostamento, em uma rodovia estadual, foi a causa da queda do veículo na areia. Se essa cratera não estivesse aqui, o acidente seria evitado”, disse o morador e membro da Associação de Moradores de Meaípe Geraldino Nascimento.

As obras previstas para Meaípe pelo Departamento de Edificações e de Rodovias do Espírito Santo (DER-ES) incluem o engordamento da orla, construção de píer e reparo da rodovia, e vão custar cerca de R$ 70 milhões.

Imagem ilustrativa da imagem Obra suspensa em praia coloca motoristas em risco
O Fusca que foi parar na areia da praia, em Guarapari, estava sendo negociado por R$ 17 mil. |  Foto: Roberta Bourguignon

Elas estavam previstas para começarem no início deste ano, mas foram paralisadas pelo Tribunal de Contas, após uma empresa que não foi habilitada para a concorrência, entrar com ação no órgão, alegando que não houve falta de documentos para participar do processo.

“Essa é uma obra emergencial. Sei que existe a burocracia, mas a burocracia não pode estar acima da vida. Não é o primeiro acidente. Até agora, com nenhuma fatalidade, mas e se, porventura, um turista chegando de outro estado, cair e morrer? Essa conta vai ficar na conta de quem? A solução só vai ser possível com o engordamento de Meaípe”, alerta Geraldino.

Segundo ele, também há preocupação com a chegada do verão. “Este ano, teremos outro agravante, que é a nova casa de shows. Sabemos que alguns jovens abusam de bebida alcoólica e de substância não lícita. A probabilidade de vermos jovens morrendo devido a acidentes é grande”, salientou.

“Se não tomarem nenhuma providência, pode ser que logo ocorram perdas de vidas”, completou.

Os outros dois acidentes aconteceram em 2019. Em julho, o carro de um turista caiu na areia da praia e foi destruído pelas ondas.

Em agosto do mesmo ano, um segundo veículo caiu no local e precisou ser retirado por um caminhão munck.

DER prevê que processo seja liberado esta semana

As obras previstas para Meaípe ainda não começaram devido à paralisação da licitação por parte do Tribunal de Contas e do Ministério Público de Contas, mas a expectativa, segundo o diretor-presidente do Departamento de Edificações e de Rodovias do Espírito Santo (DER-ES), Luiz César Maretto, é que o processo seja liberado ainda esta semana.

“Nós já finalizamos o processo licitatório, mas a empresa acredita que tem direito de voltar a concorrer na licitação. Por isso, entrou com ação no Tribunal de Contas e Ministério Público de Contas. Até que o impasse seja resolvido, aguardamos um posicionamento dos órgãos. Existe a expectativa de o processo ser devolvido ainda esta semana”, declarou Maretto.

“O procedimento licitatório no Brasil é ruim para o gestor público, para a prefeitura que vai participar e pior ainda para a população. Se uma empresa se sentir prejudicada, tem direito de entrar com recursos, e atrasa tudo. Temos várias licitações nessas situações”, disse.

O diretor afirmou que a rodovia está sinalizada e, com o início das obras ainda este ano, será possível conter as erosões. “Vamos esperar até a semana que vem e, dependendo da liberação, vamos iniciar o fechamento das erosões”, anunciou.

Fusca seria vendido por R$ 17 mil

O Fusca que foi parar na areia da praia, em Guarapari, pertence a um pedreiro, de 59 anos, e estava sendo negociado por R$ 17 mil.

“Eu estava vendendo o Fusca, porque queria comprar uma moto. Tenho um segundo Fusca, que estou andando com ele, inclusive. Tenho uma paixão por Fuscas”, disse.

O pedreiro, que pediu para não ser identificado, contou que passou o dia de sábado na praia, em Piúma. Na volta para casa, à noite, caiu na areia, após perder o controle do veículo.

“Eu passei no quebra-molas e perdi o controle do carro. Fui para a lateral da pista e caí na areia. Foi um susto grande, mas consegui sair de lá sozinho. Um amigo meu passou em seguida e me deu carona. Fui ao médico e estou bem. O que mais senti foi uma pancada na cabeça”, relatou.

No domingo e ontem, ele procurou um caminhão para retirar o veículo da areia da praia, mas não conseguiu uma empresa que fizesse o serviço.

Enquanto isso, as quatro rodas do Fusca foram roubadas. “As pessoas estão levando tudo de valor do carro. Vou procurar meus direitos. Se não fosse a cratera aberta, eu não teria caído na areia da praia”, disse.

“É preocupante, pois o mar está levando tudo”

O morador e empresário Geraldino Nascimento mostra a distância entre a cratera na Rodovia do Sol e o local, na pista de rolamento onde os carros precisam passar. Segundo ele, os veículos circulam a apenas um passo do buraco provocado pela erosão.

“Parece até que é o mesmo buraco, mas aqui é uma outra cratera que se abriu mais recentemente. Aqui tinha um corrimão, que o mar já levou. É cada vez mais preocupante, pois o mar está levando tudo”, comentou.

“A rodovia piorou”

A mineira aposentada Edi Araújo Leite, de 66 anos, mora em Meaípe há 3 anos. Ela ficou assustada com mais um acidente na rodovia.

“Percebi hoje (ontem) que a rodovia piorou. O asfalto continua caindo, a cratera aumentando, e ninguém faz nada. As pessoas estão correndo risco passando por aqui. Já é o terceiro acidente que vejo aqui”, contou a moradora.

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