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Cidades

Mapa da violência mostra novos locais e horários com mais crimes

Dados revelam horários em que mais acontecem assaltos, mortes e tiroteios no Estado


Os casos de assaltos e assassinatos no Estado têm preocupado cada vez mais a população capixaba. Somente nos dois primeiros meses do ano, pelo menos 181 pessoas foram assassinadas e outras 13.221 furtadas ou roubadas. 

Os dados são da Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) e podem ser acompanhados por meio de um mapa que mostra, além dos horários com maior incidência de crimes, os novos locais onde eles estão sendo praticados.

Em relação aos homicídios, os dias em que eles mais ocorrem são às quintas e terças-feiras, sempre às 17h e 23h. Já nos casos de furtos e roubos, os criminosos têm atacado sempre às terças, quartas e aos sábados, das 19h às 21h.

Denominado Observatório da Segurança Pública, o mapa passa por atualização de acordo com o número de registros que vêm sendo feitos pelas vítimas em delegacia de Polícia Civil ou até pelo mesmo pelo Ciodes, da Polícia Militar.

Somente os casos de homicídios dolosos (quando há intenção de matar), o painel registrou 164 mortes, sendo que 87% delas eram do sexo masculino e outras 13% do sexo feminino.

Os casos de feminicídios e assassinatos de mulheres também chamam atenção: foram 37 registros.

A sensação de medo e insegurança, causada pelos autores destes crimes, chegou à família da dona de casa Geani Caldeiras Lima, 30 anos. 

Ela, que perdeu a filha mais velha, Kemilly Vitória Caldeiras Santos, 9 anos, após um tiroteio promovido por gangues rivais na Grande Santa Rita, Vila Velha, no mês passado, diz que sua vida nunca mais será a mesma. 

“Estamos à mercê dos bandidos. Perdi minha filha, levaram um pedaço de mim. Além disso, não deixo mais minha filha caçula brincar na rua de medo que sinto”, disse. 

O chefe do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Romualdo Gianordoli, explica que a grande maioria dos assassinatos (80%) tem ligação com o tráfico de drogas, sobretudo as guerras entre as facções para tomar territórios.

Diante do clamor de muitas vítimas, Romualdo garante que a polícia tem atuado no enfrentamento à violência, investigando os crimes consumados e tentados, e também monitorando as facções.

“Com saudade, colocou o nome da irmã na boneca”

Imagem ilustrativa da imagem Mapa da violência mostra novos locais e horários com mais crimes
A mãe da pequena Kemilly Vitória, 9 anos, morta em abril deste ano ao ser atingida por uma bala perdida, diz que não deseja nada mais do que justiça |  Foto: Kadidja Fernandes/AT

Há quase 30 dias as palavras “dor” e “saudade” fazem morada na casa de Geani Caldeiras Lima, de 30 anos.

Mãe da pequena Kemilly Vitória Caldeiras Santos, 9 anos, morta em abril deste ano ao ser atingida por uma bala perdida no bairro Ilha da Conceição, em Vila Velha, ela não deseja nada mais do que justiça. 

Geani, que conversou com a reportagem de A Tribuna na tarde desta quarta-feira, 25, contou como têm sido os dias sem Kemilly e revelou ainda que a filha mais nova, de 8 anos, chegou a colocar o nome da irmã em uma boneca, como forma de se sentir mais próxima dela.

“Pegou a Barbie da irmã e colocou o nome de Kemilly para se sentir mais próxima dela”, revelou a dona de casa. 

A Tribuna - Como têm sido os dias sem a Kemilly?

Geani - Parece que não caiu a ficha. Minha filha morreu, enterrei ela, naquele momento ela foi embora, ela levou o meu coração junto com ela. Não poder escutar mais a voz dela, não poder ver, ir à escola e saber que ela não está lá, é uma dor insuportável que eu estou vencendo porque eu ainda tenho minha outra filha.

Depois do que aconteceu, o que mudou em relação à segurança na vida de vocês?

Minha filha mais nova não brinca mais na rua. Ou ela brinca dentro da casa da vizinha ou ela brinca sozinha, com uma boneca que ela agora chama de Kemilly.

Ela colocou o nome da irmã na boneca?

Sim. Essa semana ela pegou a Barbie que era da irmã, colocou o nome de Kemilly e ficou brincando. Acho que é porque ela sente falta da irmã.

Ela fala sobre a irmã?

Ela sente muita falta, não é de falar, mas as atitudes dão a entender. Ela não está querendo ir à escola porque, segundo ela, os coleguinhas ficam perguntando sobre o tiroteio, e isso a deixa triste. 

Ela faz algum acompanhamento psicológico?

Não. Na escolinha tinha uma pessoa que atendia as crianças, mas estou com dificuldades até de conseguir manter ela no colégio, porque ela não quer ir. Sei que minha filha precisa de acompanhamento de psicólogo, mas não tenho condições de pagar um para ela agora.

E como serão os próximos dias?

Sinceramente, eu não sei. Só quero justiça e que toda essa insegurança acabe. Minha filha foi vítima da insegurança. Eu quero justiça pela morte da minha filha, ela só tinha 9 anos.

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