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Cidades

Histórias de amor de famílias com seus pets

Presentes em cerca de 48 milhões de casas no Brasil, os animais domésticos são motivo de alegria e companheirismo


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Companheiros das famílias em todos os momentos, os animais têm ganhado cada vez mais espaço nos lares do País. 

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existem pelo menos 140 milhões de pets vivendo com seus donos.

Eles estão presentes em cerca de 48 milhões de residências. Em 46% dos domicílios vive, pelo menos, um cachorro. Os gatos aparecem logo em seguida. Estão em 20% das casas do Brasil.

Um fator  que influenciou para o aumento do número de animais domésticos nos últimos anos foi a pandemia da covid-19. 

Devido ao isolamento imposto à população, muitas pessoas acabaram se sentindo solitárias. Uma pesquisa  realizada pela Comissão de Animais de Companhia (Comac), em 2021, apontou que houve aumento de 30% na adoção de pets em todo o território nacional. 

Imagem ilustrativa da imagem Histórias de amor de famílias com seus pets
A veterinária Patrícia Zanetti e o engenheiro Rogério Silva têm cães, gatos, arara, coruja e ainda sonham em adquirir outros animais |  Foto: Kadidja Fernandes/AT

Esse foi o caso da veterinária Patrícia Zanetti, 32, e do  engenheiro Rogério Silva, 32. Os dois são noivos e começaram a morar juntos durante a pandemia. No período, juntaram dois cachorros buldogues que cada um possuía e decidiram adquirir  aves silvestres. 

“Sempre gostei muito de aves, principalmente corujas. Cuidava de algumas durante a faculdade. Encontramos um criadouro legalizado e decidimos comprar”, explicou.

Depois disso, a residência do casal, que se assemelha a um pequeno zoológico, ganhou mais integrantes. 

“Meu noivo também é amante de aves, principalmente de rapina. Ainda adquirimos mais uma cadela chamada Queen, e uma arara, que compramos no Rio de Janeiro, batizada de Jack”, afirmou.

Já neste ano, chegaram os dois últimos integrantes da família. Ao menos, por enquanto. São os gatos Acepran e Tripé.

“O Tripé tem esse nome porque ele sofreu um acidente e só tem três perninhas. Todos nossos animais são a alegria de nossa casa”, comentou.

O casal ainda possui alguns sonhos, como adquirir uma cacatua, águia-chilena e jabutis.

Legalizados

Todos os animais silvestres que o casal adquiriu foram comprados de forma legal, juntamente a  criadouros especializados e registrados pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

“As aves que criamos são legalizadas, possuem anilhas e documentações. É importante lembrar que nenhuma dessas espécies pode ser comprada em qualquer lugar. Isso pode facilitar o tráfico de  silvestres”, lembrou. 

COMPANHEIRISMO

“A Frida é como se fosse  minha filha”

Imagem ilustrativa da imagem Histórias de amor de famílias com seus pets
A professora Elizete Matiello, 58, moradora da Serra, adotou Frida (em homenagem à artista Frida Kahlo) em maio de 2020, no auge da pandemia. |  Foto: Kadidja Fernandes/AT

 A professora Elizete Matiello, 58, moradora da Serra, adotou Frida (em homenagem à artista Frida Kahlo)  em maio de 2020, no auge da pandemia. 

Viúva há cinco anos, Elizete perdeu o pai para o coronavírus e acredita que a chegada de Frida em sua vida  foi muito importante naquele momento.

“Ela foi meu remédio. Se eu não a tivesse  adotado, provavelmente entraria em um estado de depressão. A Frida é como se fosse minha filha, é tudo para mim”, afirmou.

Cadela adotada é o xodó de família

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A veterinária Gabriella Lyrio, 23, moradora de Vila Velha, adotou a cadela Melissa quando ainda era filhote. Segundo ela, foi amor à primeira vista. |  Foto: Kadidja Fernandes/AT

A veterinária Gabriella Lyrio, 23, moradora de Vila Velha, adotou a cadela  Melissa quando ainda era filhote. Segundo ela, foi amor à primeira vista. 

“Logo que eu a vi, em um hotel para cachorros, mandei mensagem pedindo (para adotá-la) para minha mãe. Dias depois, ela participou de uma feira de adoção. Foi quando a pegamos”, contou a jovem.

Melissa é o xodó da casa e, principalmente, da avó, Luzinete, de 78 anos.

“Minha avó é deficiente visual e nunca teve  contato com  cachorros. Desde que Melissa chegou, ela nunca mais ficou longe da cadela, passam o dia juntas. São muito apegadas”.

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