Doença de famosa atinge 280 mil mulheres no Estado

A calvície feminina afeta cerca de 30% das pessoas e leva à queda de cabelo e afinamento dos fios, por causas genética e hormonal. Juliette revelou que faz tratamento para calvície

Ana Carolina Favalessa, do jornal A Tribuna | 03/02/2022, 17:08 17:08 h | Atualizado em 03/02/2022, 17:33

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/img/inline/110000/0x0/inline_00110692_00/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fimg%2Finline%2F110000%2Finline_00110692_00.jpg%3Fxid%3D290706&xid=290706 600w, Juliette   revelou  que está fazendo tratamento para combater a calvície
 

Em uma rede social, a  campeã de um reality show nacional Juliette Freire revelou para os seus mais de 33 milhões de seguidores que está fazendo tratamento para calvície.  

Apesar de muitas pessoas acharem que esse é um problema exclusivo de homens, cada vez mais mulheres lidam com a calvície no dia a dia, segundo especialistas.

De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), 30% das mulheres terão problemas relacionados à calvície até os 50 anos de idade.  

No Espírito Santo, esse índice equivale a 283.568 mulheres sofrendo ou que irão sofrer com a queda de cabelo acentuada, já que, conforme  projeções do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Estado tem 945.228 mulheres de 20 a 49 anos.  

A calvície, também chamada de  alopécia androgenética, é um dos principais tipos de alopécia (distúrbio que pode ser definido como a perda de cabelos ou pelos), e tem causas genética e hormonal. Há também alopécias com causas imunológicas e até de estresse.

 “A alopécia androgenética ocorre por receptores nos folículos afetados pela genética, que, por ação da testosterona, se transformam em dihidrotestosterona (DHT), responsável pelo afinamento progressivo dos fios, até pararem de crescer completamente”, disse a  dermatologista Christina Drummond, formada em Tricologia Médica.

Entre os principais sintomas estão o afinamento dos fios, perda de volume e, em alguns casos, queda de cabelo, principalmente nas laterais do couro cabeludo.

A farmacêutica e tricologista Cristal Bastos pontuou que, se a pessoa passar por um processo inflamatório intenso, como uma infecção por covid-19, por exemplo, pode agravar ainda mais a calvície.

 “A pessoa  irá perder muito cabelo e os fios novos   virão mais finos e  fracos”, explicou a especialista.

Como a doença tem causa genética, não é possível prevenir, de acordo com a dermatologista Brunela Bastos Tozzi. “Mas tem     como identificá-la precocemente, para tentar frear esses efeitos”, frisou.

Os tratamentos podem ser com produtos tópicos, microagulhamentos e laser, conforme cada situação. No caso de Juliette, a opção está sendo pelo laser, que, segundo a dermatologista Karina Mazzini, é um método indolor  e com efeitos rápidos. 


Saiba mais


Alopécia

  • De forma  geral, é uma condição em que ocorre perda de cabelo ou de pelo em qualquer parte do corpo, e de  forma crônica. 
  • A mais comum é a do couro cabeludo, a calvície, que pode ter diferentes causas. Entre os tipos,  há aquelas com causas hormonais, genéticas,    imunológicas e  por estresse.      
  • Alopécia androgenética feminina (calvície feminina) 
  • A alopécia androgenética feminina –  tipo que acometeu  Juliette Freire –, conhecida como calvície feminina, é uma doença genética relacionada a fatores hormonais. Causa o afinamento e o enfraquecimento dos fios. 
  • Se não tratada, pode fazer com que os fios parem de crescer completamente. Acomete, principalmente, mulheres entre 30 e 50 anos.

Sintomas 

  • Afinamento dos fios,   perda de volume   e queda de cabelo nas regiões laterais.

Diagnóstico

  • Para descobrir se a causa dos sintomas está relacionada à doença, é necessária a avaliação de um profissional habilitado. A análise é feita por  tricoscopia, exame que avalia o fio do cabelo, ou  por biópsia.  

Tratamentos

  • A doença não tem cura, apenas tratamento. Entre os possíveis tratamentos, estão:  microinfusão, um tipo de microagulhamento;  laser, que, por meio do calor, estimula o crescimento e o engrossamento do fio; a intradermoterapia/mesoterapia, que introduz injeções de medicamentos no couro cabeludo.

 Prevenção

  • No caso da alopécia androgenética feminina, não há como prevenir, porque ela tem causa genética. Mas, é possível fazer prevenção da evolução da doença e manter uma boa quantidade de fios, por meio do diagnóstico e do tratamento precoce.
  • Com relação à prevenção de queda de cabelo no geral, hábitos saudáveis podem ajudar, como: não dormir de cabelo molhado; lavar sempre o couro cabeludo, não usando água muito quente; fazer exames de rotina, para saber se as vitaminas estão em dia, e se alimentar bem.   

Fonte: Especialistas consultados.

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