Crea-ES diz que prédio precisa passar por intervenções para ser novamente ocupado

| 25/01/2021, 09:35 09:35 h | Atualizado em 25/01/2021, 11:03

Após nova vistoria de especialistas no início da manhã desta segunda-feira (25), o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado do Espírito Santo (CREA-ES), afirmou que o prédio que ameaça desabar no bairro Nova Itaparica precisa passar por intervenções importantes para voltar a ser ocupado.

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/prod/2021-01/372x236/predio-risco-desabamento-em-vila-velha-efc6b6409fa429efcbdcfae1b2068f14/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fprod%2F2021-01%2Fpredio-risco-desabamento-em-vila-velha-efc6b6409fa429efcbdcfae1b2068f14.jpeg%3Fxid%3D159735&xid=159735 600w, Prédio em Nova Itaparica apresenta risco desabamento.

Segundo o Gerente de Relacionamento Institucional do Crea-ES, Giuliano Battisti, a análise do projeto aponta que existe divergência entre o projeto e a execução da obra.

“Verificamos o projeto e os levantamentos que nós realizamos nos mostram indícios de divergências importantes entre o que está no projeto e o que foi executado. O que nós conseguimos constatar até o momento é que houve esmagamento da estrutura em dois pilares importantes, que são as colunas. Houve realmente um colapso e é importante dizer que, justamente nesses pilares que estão expostos, já conseguimos verificar essa divergência”, disse Battisti, que é engenheiro Civil e de Segurança do Trabalho.

A recomendação do Conselho é que a interdição seja mantida pela Defesa Civil Municipal.

“Já orientamos a Defesa Civil a não permitir a ocupação até que sejam feitas as intervenções necessárias após a análise do projeto. Vai ter que ser feito um trabalho de engenharia importante”, declarou o gerente.

O edifício, localizado na Avenida do Canal, apresentou instabilidades na estrutura, na madrugada de domingo (24). Ainda na tarde de domingo, em uma vistoria técnica preliminar, engenheiros do Conselho observaram o comprometimento de pilares de sustentação, fator que pode acarretar riscos à edificação.

Moradores contaram que, por volta de meia-noite, ouviram o primeiro estrondo.

“Eu ainda estava acordada quando ouvi aquele barulho. Uma vizinha desceu para ver o que era e já subiu gritando, falando que uma coluna explodiu. Todo mundo saiu correndo, deixando tudo para trás. Só consegui salvar meus gatos”, lembrou a babá Tânia dos Santos, 41, que mora no primeiro andar.

Depois que a primeira coluna se rompeu, o síndico do prédio correu até a garagem para ver o que tinha acontecido.

“Quando a gente estava lá embaixo estourou a segunda pilastra. Fez um estrondo horrível. Vai ser muito difícil esquecer isso, um barulho aterrorizante”, declarou Mauro Basílio, de 45 anos.

A Defesa Civil interditou o prédio, além das construções do entorno, num raio de 40 metros. Em média, 130 pessoas tiveram que abandonar as residências.

A Guarda Municipal isolou a rua para não permitir que os moradores entrem no edifício até autorização do engenheiro da Defesa Civil e também para resguardar de saques os furtos os bens das residências interditadas.

A prefeitura informou que “os moradores em área de risco e do prédio foram para casa de familiares ou para hotel, disponibilizado obrigatoriamente pela construtora”.

Em nota enviada na manhã desta segunda-feira (25), a Defesa Civil Municipal Municipal informou que o edifício continuará interditado.

"A Defesa Civil Municipal Municipal informa que está monitorando, em conjunto com a Defesa Civil Estadual e CREA, as ações de mitigação dos riscos no local. Uma empresa foi contratada para executar projeto de escoras, com previsão para término nesta terça-feira (26).

Portanto, até o fim deste trabalho, a interdição será mantida, com apoio da Guarda Municipal de Vila Velha, resguardando às vidas dos moradores do prédio afetado e imóveis próximos". 

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