Clarinha: paciente misteriosa do ES morre após 24 anos em coma

De acordo com relatos de testemunhas, ela estava fugindo de um perseguidor quando foi atropelada no Centro de Vitória em 2000

Marcela Delatorre | 15/03/2024, 10:05 10:05 h | Atualizado em 15/03/2024, 16:02

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/img/inline/170000/372x236/Clarinha-paciente-misteriosa-do-ES-morre-apos-24-a0017181200202403151602/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fimg%2Finline%2F170000%2FClarinha-paciente-misteriosa-do-ES-morre-apos-24-a0017181200202403151602.jpg%3Fxid%3D756713&xid=756713 600w, Clarinha estava internada desde 2000

A Clarinha, nome dado a paciente misteriosa que estava internada em coma no Hospital da Polícia Militar (HPM) desde 2000, morreu na noite desta quinta-feira (14). A confirmação foi feita pelo HPM.

"A guerreira sem família biologicamente, adotada pelo Hospital da Polícia Militar capixaba nos deixou. Clarinha, como era chamada pela equipe médica, foi atropelada em 12 de junho de 2000, no Centro de Vitória", começa a publicação.

"Ela não tinha nenhuma identificação quando foi socorrida e levada ao hospital. Infelizmente descansou sem que um parente consanguíneo pudesse ser identificado. Clarinha continuou no quarto do HPM sob os cuidados dos profissionais do hospital e recebendo a atenção do coronel aposentado Potratz", lembra o HPM.

"Clarinha tinha marcas de cesária, o que indica que teve um filho.. Pelos cálculos dos profissionais, ela faleceu com cerca de 45 anos", finaliza a publicação.

Relembre o caso

A paciente internada em estado vegetativo, conhecida como Clarinha, chegou ao Hospital da Polícia Militar, em 2001.

De acordo com relatos de testemunhas, ela estava fugindo de um perseguidor, também não identificado, e correu para o meio de uma avenida movimentada no Centro de Vitória, onde foi atropelada por um ônibus.

Levada para o antigo Hospital São Lucas, passou por diversas cirurgias. No entanto, o cérebro foi afetado, impedindo que ela retornasse de um coma profundo.

"Sem documentos e com as digitais desgastadas, buscou-se, em um primeiro momento, encontrar algum conhecido entre as testemunhas do acidente, mas ninguém tinha informações da paciente. Em seguida, Clarinha foi transferida para o HPM", explicou o Ministério Público do Estado em 2021.

MATÉRIAS RELACIONADAS:

SUGERIMOS PARA VOCÊ: