X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Internacional

China diz não querer interferir em eleições americanas


O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, disse, nesta quinta-feira (18), que seu país não tem intenção de interferir nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, marcadas para novembro deste ano.

A declaração foi dada em resposta às acusações feitas por John Bolton, ex-assessor de segurança nacional dos EUA, em seu livro, segundo o qual o presidente Donald Trump pediu ajuda da China para ser reeleito.

Segundo Bolton, Trump teria pedido ao dirigente chinês, Xi Jinping, para comprar muitos produtos agrícolas americanos para ajudá-lo a conquistar estados agrícolas nas eleições deste ano.
Trump, escreve o ex-assessor, estava "implorando a Xi para garantir que ele vencesse. Ele ressaltou a importância dos agricultores e do aumento das compras chinesas de soja e trigo no resultado das eleições".

"The Room Where It Happened: A White House Memoir" (a sala onde aconteceu: um livro de memórias da Casa Branca) tem lançamento previsto para o próximo dia 23. Antes mesmo de chegar às livrarias, já é o mais vendido pela Amazon americana.

Jornais americanos, como The New York Times, Washington Post e The Wall Street Journal, tiveram acesso antecipado ao livro de Bolton. Trechos publicados nesta quarta-feira (17) apontam que Trump, segundo o ex-assessor, vinculou abertamente negociações comerciais a intenções políticas pessoais, com o objetivo principal de garantir sua reeleição.

Nesta quinta-feira (18), o presidente fez uma publicação no Twitter acusando Bolton de ter feito "uma compilação de mentiras e histórias inventadas" com o intuito de prejudicá-lo.

"Muitas das afirmações ridículas que ele [Bolton] atribui a mim nunca foram feitas, [são] pura ficção. Ele só está tentando se vingar por eu tê-lo demitido como o maluco doentio que ele é!", escreveu o líder republicano.

Bolton foi demitido em setembro do ano passado, após 519 dias de trabalho, em meio a diferenças com Trump em uma ampla gama de questões de política externa.

As informações sobre o pedido de ajuda aos chineses têm potencial danoso para a campanha de Trump à reeleição -isso porque a tomada de posição anti-China está no centro da disputa que o republicano trava com seu adversário democrata, Joe Biden, na corrida à Casa Branca.

Bolton também escreveu, em outro trecho do livro revelado pelo New York Times em janeiro, que o presidente disse a ele querer congelar US$ 391 milhões (R$ 2,05 bilhões) em ajuda à Ucrânia em troca da abertura de investigações contra Biden e seu filho Hunter Biden, ex-conselheiro da empresa de gás ucraniana Burisma.

Em um comunicado, Biden, ex-vice-presidente dos EUA durante o governo de Barack Obama, disse que, se as acusações de Bolton forem verdadeiras, são "não apenas moralmente repugnantes, e uma violação do dever sagrado de Donald Trump com o povo americano".

A acusação feita pelo ex-assessor foi um dos pontos centrais de uma das denúncias que compuseram o processo de impeachment de Trump levado a cabo pela Câmara dos Deputados, de maioria democrata. O presidente foi absolvido em fevereiro após votação do Senado, controlado pelos republicanos.

"Se os defensores democratas do impeachment não estivessem tão obcecados com a blitzkrieg da Ucrânia em 2019, se tivessem tempo para investigar mais sistematicamente o comportamento de Trump em toda a sua política externa, o resultado do impeachment poderia muito bem ter sido diferente", escreveu Bolton, segundo trechos divulgados pelo Wall Street Journal.

Bolton, entretanto, recusou-se a testemunhar no inquérito aberto pela Câmara.

Embora tenha classificado, nesta quinta-feira (18), as acusações de Bolton como mentirosas, Trump disse, na segunda (15), que seu ex-assessor violára a lei e será responsabilizado criminalmente se o livro for publicado. No dia seguinte, terça-feira (16), o governo americano entrou com uma ação contra Bolton para impedir a publicação.

O Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca (NSC, na sigla em inglês) "concluiu que o manuscrito em sua forma atual contém certas passagens –algumas com vários parágrafos– que contêm informações sigilosas de segurança nacional".

A editora Simon e Schuster afirmou que o processo judicial é uma tentativa do governo Trump de interromper a "publicação de um livro que visto como pouco lisonjeiro para o presidente", e que Bolton cooperou totalmente com a revisão de pré-publicação da Casa Branca.

O livro fornece um relato privilegiado do "incoerente e desordenado processo de tomada de decisão" de Trump e detalha negociações do líder americano com China, Rússia, Ucrânia, Coreia do Norte, Irã, Reino Unido, França e Alemanha, segundo a casa editorial.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: