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Economia

Carro vai rodar mais com nova gasolina, dizem especialistas


Uma nova gasolina vai chegar aos postos de combustíveis no mês que vem. Mais cara, ela tem potencial para fazer os veículos rodarem mais com menos, economizando até 6%.

Imagem ilustrativa da imagem Carro vai rodar mais com nova gasolina, dizem especialistas
Abastecimento em posto |  Foto: Beto Morais — 16/09/2019

A mudanças na gasolina acontecem após uma nova resolução da Agência Nacional do Petróleo (ANP). Ela determina várias alterações, mas as duas principais são: toda gasolina comum precisa ter massa específica mínima de 715 kg/m³ e octanagem mínima de 92 octanas por uma metodologia chama de RON.

Coordenador do Laboratório de Pesquisa e Desenvolvimento de Metodologias para Análise de Petróleos da Ufes, Eustáquio Vinícius Ribeiro de Castro, explicou: “A massa específica da gasolina está relacionada à sua densidade e, por obvio, à sua composição química. Elevar a massa específica implica a adição de componentes mais pesados e que têm efeito no aumento do rendimento do ponto de vista energético do combustível.”

Já a octanagem, prosseguiu Eustáquio, reflete a resistência à detonação da gasolina quando comprimida. “Ou seja: explode no tempo certo”. Traduzindo: a gasolina passa a ser mais densa e deixa o motor mais resistente.

“A mudança na octanagem vai evitar a detonação do motor, que vai render mais. A nova gasolina também vai ter nova temperatura de ebulição. Vai passar a evaporar com menos facilidade, ajudando a render mais”, acrescentou.

Diretor de combustíveis da Associação de Brasileira de Engenharia Automotiva, Rogério Gonçalves, disse que o consumo vai reduzir em torno de 6%.

“Pode rodar mais quilômetros por litro. Mas vai variar de veículo, do modo de digirir e da gasolina usada antes. A gasolina importada foi o grande motivador dessas mudanças. Estudos constataram que as gasolinas do mercado estavam com densidade muito baixa e não tinha parâmetro regulado.”

A gasolina “mais fina”, dizem os especialistas, justifica o aumento nos preços. A Petrobras, apesar de confirmar o aumento, não o crava. Economistas estimam cerca de 4 a 10 centavos mais cara.


ANÁLISE


“Apesar do maior preço na bomba, pode diminuir manutenção” - Márcia Milach é coordenadora do curso de Engenharia Mecânica da Multivix Serra

Imagem ilustrativa da imagem Carro vai rodar mais com nova gasolina, dizem especialistas
Márcia Milach - coordenadora do curso de Engenharia Mecânica da Multivix Serra |  Foto: Acervo Pessoal

“A nova gasolina – e seus elementos apresentados – pode ser favorável em relação ao custo benefício, a longo prazo, porque vão ser colocados aditivos no combustível, que diminuem o atrito e a incrustação dentro do motor.

Esse mesmo aditivo vai promover benefícios e, apesar do preço maior na bomba, pode ser favorável para diminuir gastos com manutenção do veículo, aumentando a sobrevida do motor e causando menor deteriorização das peças.

Ele vai funcionar como um 'detergente'. Já em relação à octanagem, que agora passa a ter um valor mínimo na fórmula, tem tendência a render um pouco mais.

Mas isso não vai se aplicar a carros esportivos, por exemplo, já que os veículos vão se comportar de maneira diferente à nova gasolina. O impacto no bolso, no entanto, será preciso aguardar na prática, a partir do mês que vem.”


SAIBA MAIS


O que vai mudar
> A nova especificação atende à Resolução 807/20 da ANP (Agência Nacional do Petróleo), publicada no início de junho, determinando que a gasolina comum tenha massa específica mínima de 715 kg/m e ctanagem mínima de 92 octanas pela metodologia RON.

Quando vai mudar
> A partir do mê que vem, toda gasolina produzida em refinarias do Brasil ou importada para distribuição no País será disponibilizada com a nova qualidade. A Petrobras disse que está pronta para as novidades.

Impacto no preço
> Anelise Lara, da diretoria da Petrobras, já admitiu: “Como a gente pratica o preço de paridade com a importação, ela será mais cara porque será comparada com gasolinas de melhor qualidade do exterior.”
> Economistas estimam aumento de até 10 centavos. Mas especialistas dizem que a economia pode ser de até 6% com gastos.

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