Calçados “pisam” no vazio de 40% nas vendas
A aparência no vestuário começa pelos pés, diz a etiqueta social. Assim como costuma ser pelo calçado que se avalia a condição social, se usa Lamborghini, modelo top, mediano ou pé de chinelo. E a medir pelo comércio ao longo da pandemia, o setor calçadista capixaba pisa num vazio de 40% nas vendas. “A crise aqui, com lojas fechando e demitindo, não diferencia muito de outros estados”, avalia José Augusto Rocha, do Sindicalçados. Ele cita restrições de funcionamento do comércio, o isolamento social e o empobrecimento como causas principais. Também pesa por aqui o fato de o Estado importar grande parte da matéria-prima utilizada.
Itapuã, referência
O pedido de recuperação judicial feito pela Calçados Itapuã, mês passado, reflete o tamanho da crise vivida nas 62 empresas da base calçadista capixaba. Em seu pedido, a pioneira Itapuã, fundada por Severino Mathias, em Cachoeiro, há 60 anos, cita que, devido à pandemia, suas 30 lojas no Estado fecharam por 70 dias, além de vários outros dias em horário restrito.
ONDE O AEROPORTO NÃO DECOLOU. A região do Alto Caxixe, em Venda Nova do Imigrante, foi cogitada para a construção de um aeroporto de pequenos jatos, na década de 1990. Iria atender turistas de longe e empresários influentes com propriedades em Pedra Azul, como Erling Lorentzen, Roberto Marinho, Eliezer Batista e outros. Porém, após a notícia, os preços dos terrenos no Caxixe subiram a níveis estratosféricos. E o aeroporto não decolou.
Sem bucolismo
Com criminalidade em alta e pobreza explícita nas ruas, Guarapari já não é aquele bucólico balneário cantado por Pedro Caetano. Numa bela valsa, ele imortalizou os versos: “Quer viver um sonho lindo, que eu vivi, vá viver as maravilhas de Guarapari...” Dias atrás, houve assassinato na praia. E nas ruas, presença de venezuelanos entre os pedintes de auxílio.
Duas andorinhas
O cotidiano na Câmara de Vitória mostra que o prefeito Lorenzo Pazolini tem maioria na Casa, e aprova o que quiser. Exceção das vereadoras Karla Coser e Camila Valadão, conhecidas nos bastidores como as “andorinhas” que, sozinhas, não fazem verão por lá.
Nosso boi voador
Em Domingos Martins e Marechal Floriano há registros recentes de roubo de animais, na área rural, principalmente vacas e porcos. São abatidos para consumo ou venda clandestina da carne. Especialmente a carne bovina segue com o preço em alta no mercado.
Obra do Contorno
Menina dos olhos da bancada federal capixaba, a rodovia do Contorno Mestre Álvaro, na Serra, entrou no radar para ser vista por Bolsonaro, na anunciada visita do próximo dia 11. Será vista pelo Presidente em sobrevoo. No chão, a obra, de R$ 381 milhões, precisará de mais recursos do governo, além dos R$ 56 milhões da emenda de bancada aprovada no Orçamento.
Volume das águas
Estio à vista, a Agência Estadual de Recursos Hídricos e a Cesan descartam um possível racionamento de água, nos próximos meses, conforme monitoramento semanal feito nos principais mananciais da Região Metropolitana. Apontam que “apesar de não haver risco de criticidade hídrica, é sempre importante reforçar que a população economize no uso da água”.
A propósito
Ao longo de 2020, o consumo de água fornecida pela Cesan aumentou 1,40% em relação a 2019. Parece pouco, mas representa 3,173 milhões de litros a mais.
CURTA
PLANO DE VOO. O primeiro voo comercial da Itapemirim no País está agendado para 29 de junho. E a partir de agosto, Vitória deverá entrar no circuito de uma das duas aeronaves da empresa.
BALEIA NÃO IDENTIFICADA. Em Manguinhos, Serra, a maré derrubou placa de identificação e cerca de isolamento onde foi enterrada baleia Jubarte encalhada ali, em setembro de 2020.
VISITA AO MUSEU... Inhotim, Minas Gerais, entra na onda das visitas online aos museus. Pela modalidade, também estão disponíveis acessos ao MAM-SP e ao Louvre, Paris.
...ACESSO AO MAES. E o Museu de Arte do Espírito Santo (MAES) abre na próxima quinta-feira a segunda exposição online. “Será toda em realidade virtual”, frisa Fabrício Noronha, da Secult.
FILOSOFIA NA PANDEMIA. “Até o Castelo do Drácula, na Romênia, oferece vacina para atrair turista. Um sopro de vida num cenário de terror”. Entreouvido entre agentes de viagem.