Morcego infectado com vírus da raiva é identificado em SP

Esse é o quarto caso registrado em morcegos na cidade neste ano, número maior que o total registrado em 2023

Rariane Costa, da Agência Estadão | 03/04/2024, 19:27 19:27 h | Atualizado em 03/04/2024, 20:08

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/img/inline/170000/372x236/Morcego-infectado-com-virus-da-raiva-e-identificad0017470800202404032008/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fimg%2Finline%2F170000%2FMorcego-infectado-com-virus-da-raiva-e-identificad0017470800202404032008.jpg%3Fxid%3D772135&xid=772135 600w, Imagem ilustrativa de um morcego

A Secretaria Municipal da Saúde divulgou nesta quarta-feira, 3, a identificação de um morcego infectado com o vírus da raiva na Lapa, zona oeste de São Paulo. Esse é o quarto caso registrado em morcegos na cidade neste ano. Butantã, Santo Amaro e Santana também apresentaram um caso cada entre fevereiro e março, de acordo com dados da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa).

O número já ultrapassa o total registrado em 2023, quando três morcegos infectados foram localizados na cidade.

A raiva é uma zoonose, ou seja, uma doença que passa dos animais ao homem e vice-versa, transmitida por um vírus mortal tanto para o homem como para o animal. Ela envolve o sistema nervoso central, podendo levar ao óbito após curta evolução.

A transmissão ocorre quando os vírus existentes na saliva do animal infectado penetram no organismo através da pele ou de mucosas, por meio de mordidas, arranhões ou lambidas. Segundo a secretaria, a raiva apresenta três ciclos de transmissão:

Urbano: representado principalmente por cães e gatos;

Rural: representado por animais de produção, como: bovinos, equinos, suínos, caprinos;

Silvestre: representado por raposas, guaxinins, primatas e, principalmente, morcegos.

Orientações à população com distribuição de folhetos informativos e instrução para tutores de animais domésticos sobre medidas preventivas contra a raiva já estão sendo aplicadas na cidade, segundo a Prefeitura.

Até momento não foram identificados casos secundários relativos ao morcego localizado na Lapa ou a animais domésticos.

Entre as principais orientações da pasta estão a comunicação com a Vigilância em Zoonoses por meio do Portal SP 156, em casos onde morcegos forem encontrados caídos em via pública ou durante o dia, em hora e locais não habituais.

Nessa situações, é feita uma vistoria no local indicado, coleta do animal e encaminhamento para análise laboratorial para o diagnóstico da raiva nos laboratórios da Divisão de Vigilância de Zoonoses (DVZ).

A Secretaria também orienta a procura imediata por atendimento médico em casos de acidentes. Qualquer unidade de saúde pode realizar o primeiro atendimento com avaliação e análise de critérios de risco. Nos casos com indicação de tratamento, com vacina ou soro, o médico fará o encaminhamento para uma das unidades de referência que fazem a aplicação.

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