Governo estadual quer carbono zero na pecuária
Novas técnicas de manejo, plantel criado de forma intensiva, recuperação de nascentes e cobertura florestal nas pastagens. “Essas práticas é que vão levar a pecuária capixaba a reduzir a emissão de metano, compensar e se aproximar da meta carbono zero”, projeta o secretário da Agricultura, Paulo Foletto. Ele replica o alerta que o governador Renato Casagrande trouxe da Conferência do Clima, realizada na Escócia: “O mercado mundial vai exigir rastreamento de carbono dos produtos, precisamos adotar logo novas práticas”, frisou Casagrande. Hoje, a pecuária capixaba tem quase dois milhões de bovinos. Muitos soltos em áridas pastagens.
Música nos estábulos
A mudança no modo de criar o gado, associada à maior cobertura vegetal nas propriedades, passa por inovações até então afeitas aos grandes produtores mundiais, como os estábulos holandeses onde vacas são ordenhadas ao som de música clássica. “Em Colatina, já temos experiências desse tipo. A música relaxa o animal e eleva a produtividade”, pontua Foletto. E compara o “boi carbono zero” ao carro elétrico: “É um futuro cada vez mais próximo”.
A propósito
Em recente evento estadual sobre pesca, as estatísticas do consumo atual de carne no planeta apontaram: pescado em primeiro, seguido de aves e suínos. Os bovinos na quarta posição.
Além da coxia
A anunciada restauração do Teatro Carlos Gomes, em Vitória, prevista para terminar em 2024, foi bem recebida pela classe artística. Porém, o ator e produtor Luiz Tadeu Teixeira alerta: “É hora de juntar professores, alugar casarão e montar curso de teatro de qualidade. O Espírito Santo precisa disso. Ou essa gente vai ficar imitando ator de TV achando que é o máximo”.
Beleza natural privatizada
A cachoeira de Matilde, uma das belezas naturais de Alfredo Chaves e do Estado, está na mira da privatização, conforme anunciado pela prefeitura recentemente. A infeliz ideia é cobrar taxa dos visitantes, em nome da preservação local, o que é obrigação do poder público. Se essa moda pega...
Lugar do índio
A nômade estátua do Arariboia, em Vitória, agora está em área externa do antigo clube Saldanha da Gama, mas historiadores defendem melhor visibilidade para ela. Nas redes sociais, um grupo reclamou do pouco caso dado ao monumento do índio, que saiu do Espírito Santo, fundou Niterói (RJ) e ajudou a expulsar invasores franceses. Atravessava a nado, fácil, a baía da Guanabara, além de peitar autoridades como o governador-geral Mem de Sá.
O ruído ao redor
Aberta a temporada das festas, temperatura elevada, som alto... Está na hora de prefeituras melhorarem os serviços do Disque-Silêncio. Com raras exceções, não funcionam. E decepcionam quando acionados.
Viva Alex
Esgotado o primeiro pacote do kit natalino para angariar recursos destinados ao músico capixaba Alexandre Lima, em coma há oito anos. Familiares usaram as latinhas da dieta do músico como recipiente para panetones, incluindo no kit miniatura da casaca, instrumento associado ao músico. Outras colaborações podem ser feitas, pois a despesa mensal com ele supera a faixa de R$ 20 mil.
Verão chegando...
No ar, há um novo frequentador das nossas praias: são drones zunindo, por vezes dando perigosos rasantes na turma que se bronzeia. E quem controla isso?
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NEM AÍ... Na prática, o uso de máscaras já foi abolido nas praias, por conta e risco de banhistas, enquanto autoridades recomendam manter o uso em todo tipo de aglomeração.
...ACESSIBILIDADE. Assembleia Legislativa aprovou projeto indicativo de Bruno Lamas que facilita acesso às praias de pessoas com deficiência. Prevê cadeiras anfíbias, esteiras e apoio de equipe técnica.
BOA PALAVRA. Prefeitura de Vargem Alta planeja reeditar o livro “Vale da Lua Cheia”, do saudoso poeta Régio Moulin, um dos melhores de sua geração. Ele morou em Jaciguá, daí o título.
EM COLATINA. Na próxima sexta-feira, lançamento do livro “Escritos de Colatina”, na biblioteca municipal Thelmo Motta da Costa. Aborda o primeiro centenário da cidade.
FILOSOFIA NA PANDEMIA. “Que a onda de vírus não repita as chuvas dessa temporada, que vão e voltam”. Entreouvido sob sombrinhas e guarda-chuvas.