Áreas de petróleo vão a leilão no Estado e podem criar 220 empregos
A Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) vai leiloar sete blocos exploratórios de petróleo e gás localizados no Espírito Santo, que são áreas da parte capixaba pertencente à Bacia de Campos. A 17ª Rodada de Licitações está prevista para o dia 7 de outubro.
Embora o risco seja mais elevado por serem áreas menos examinadas, a chance da exploração ser bem-sucedida é grande e pode gerar bons resultados para a economia do Estado, como explica o gerente-executivo de negócios da Findes, Cícero Grams.
“A ANP coloca as áreas em leilão e as empresas interessadas precisam confirmar se tem óleo ou não; se, posteriormente, for comprovado que há óleo, aí é que vem o investimento mais massivo. Por enquanto é uma possibilidade, a gente vê isso de forma positiva, porque indica um potencial investimento novo em campos exploratórios para o Espírito Santo.”
Os blocos, localizados no litoral entre a Grande Vitória e a divisa com o Rio de Janeiro, fazem parte das cidades de Piúma, Itapemirim, Marataízes, Anchieta, Vila Velha, Guarapari e Presidente Kennedy.
De acordo com a engenheira de petróleo e assessora técnica de energia da Secretaria da Ciência, Tecnologia, Inovação, Educação Profissional e Desenvolvimento Econômico (Sectides), Mayara Zanotti, a oferta pode significar, para o Espírito Santo, o desenvolvimento de empregos, renda e de toda a cadeia produtiva que gira em torno do petróleo e gás, do setor offshore (no mar).
Já o representante da Findes defende que ainda não é possível fazer uma estimativa quanto à formação de renda e empregos, mas acredita que o saldo será positivo.
“Não é possível mensurar em números, porque é um bloco exploratório. O fato é que há áreas em leilão e isso tem o potencial de movimentar a economia, mas é cedo para afirmar qualquer número, qualquer previsão de investimento e emprego”, analisa Grams.
O edital prevê uma arrecadação de R$ 45,25 milhões para o governo federal, somente com os sete blocos do Estado, sendo seis do setor SC-AP1 e um no setor SC-AP3 (indicados no mapa).
De acordo com a Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), ainda não há certeza se algum percentual dessas vendas será repassado aos estados.
Para 2022, segue programada a 18ª Rodada de Licitações, que prevê a oferta de blocos de água ultraprofundas.
Expectativa é de 220 empregos
A oferta dos blocos exploratórios no território capixaba da Bacia de Campos poderá originar cerca de 220 vagas de emprego, de acordo com um consultor empresarial especialista em formação de mão de obra.
“Para a fase de exploração, devem contratar uns 20 profissionais. Já na fase de produção, pode ser até 200, sendo duas turmas de 100 trabalhadores. Mas isso ao longo de cinco anos”, avalia.
Segundo a análise do especialista, na etapa de exploração terão vagas para geofísicos, geólogos, engenheiros mecânicos e engenheiros de segurança do trabalho.
Já para a etapa de produção, a perspectiva é de que sejam contratados operadores de sonda, engenheiros de manutenção elétrica e mecânica. Na fase de exploração, que pode durar até 7 anos, são realizados investimentos de prospecção para descobrir se há óleo nos blocos e identificar se é rentável ou não sua produção comercial.
Os chamados blocos exploratórios são regiões com grandes chances de descoberta de óleo e gás em abundância.
Esse modelo de concessão, previsto no edital da 17ª Rodada de Licitações, é o de novas fronteiras e tem o objetivo de atrair investimento para áreas pouco exploradas, na tentativa de encontrar novas bacias produtoras.
SAIBA MAIS
Onde ficam as áreas
Blocos estão no litoral sul capixaba e no Rio
- Os sete blocos do Espírito Santo, sendo seis do setor SC-AP1 e um no setor SC-AP3, estão localizados no Litoral Sul, entre a Grande Vitória e a divisa com o Rio de Janeiro.
- A região exploratória faz parte dos municípios de Piúma, Itapemirim, Marataízes, Anchieta, Vila Velha, Guarapari e Presidente Kennedy.
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