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Coronavírus

Após primeiro caso de covid-19 em aldeia, 20 indígenas são monitorados em Aracruz


Imagem ilustrativa da imagem Após primeiro caso de covid-19 em aldeia, 20 indígenas são monitorados em Aracruz
Profissional da saúde realiza teste de coronavírus |  Foto: Claudio Furtan/Dia Esportivo/Agência Estado

Uma aldeia de Aracruz, no Norte do Estado, tem um grupo de cerca de 20 indígenas sendo monitorados, após uma idosa, da etnia Tupiniquim, de 64 anos, ter diagnóstico positivo para o novo coronavírus. Os índios são familiares da paciente e moradores da aldeia Pau Brasil.

De acordo com a liderança da aldeia Caieiras Velha e coordenador da articulação dos povos e organizações indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo, Paulo Tupiniquim, os cerca de 20 familiares da paciente estão em isolamento domiciliar e não apresentam sintomas da covid-19.

Ele explicou que a indígena tem problemas renais e foi para o hospital São Camilo, em Aracruz, para fazer hemodiálise, mas precisou ficar internada na unidade por cerca de 10 dias.

“Ela passou a sentir falta de ar, fizeram tomografia e viram alguns problemas no pulmão dela. Fizeram o teste e, na terça (21), veio o resultado que confirmou o coronavírus”.

Assim que o diagnóstico foi confirmado, começou o período de isolamento dos familiares da indígena.

“Nesse período que ela ficou no São Camilo, ela teve contato com os dois filhos dela e ele tiveram contato com outros familiares deles. Aproximadamente, 20 pessoas que estão sob investigação para observar se vai apresentar algum sintoma”, explicou Paulo.

O líder indígena ressaltou que, desde 9 de março, quando a prefeitura iniciou o isolamento social na cidade, as 12 aldeias começaram a tomar medidas para evitar que a doença chegasse na população de 4.198 índios de Aracruz.

Uma das medidas é o uso obrigatório de máscaras entre os índios. “Caciques e lideranças decidiram isolar todas as aldeias nesse período não permitindo a entrada de pessoas estranhas na comunidade e restringindo a saída de indígenas. Só é permitida a saída para atividades essenciais, como ir ao supermercado, mas só pode ir uma pessoa por família”, informou.

Suspensão de festas

No domingo (19), foi celebrado o Dia do Índio, uma data em que é comum nas aldeias atividades culturais e apresentações para comemorar esse dia. No entanto, este ano, os povos indígenas tiveram que se adaptar e mudar as tradições.

“As atividades que teriam na semana do índio foram suspensas. Várias comunidades gravaram vídeos e fizeram lives para não passar em branco a data”, disse Paulo.

Reuniões de caciques e festas familiares também precisaram ser suspensas, já que a preocupação é com a saúde dos indígenas mais vulneráveis as doenças e evitar que a transmissão de forma assintomática aconteça, inclusive entre os mais velhos, conforme a liderança da aldeia Caieiras Velha.

“Pelo fato de ter um perfil epidemiológico bem mais fragilizado do que outras populações, no caso do coronavírus, se agrava ainda mais pelo fato de a gente ter aquela organização social de patriarcado e matriarcado, onde os mais velhos são os chefes de família. A gente tem um hábito de todo final de semana, durante a semana e outros eventos se encontrar para festejar, almoçar junto”, ressaltou ele.
 

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