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Entretenimento

Anderson Ventura de volta ao reggae


Um retorno ao reggae. É dessa forma que o cantor e compositor Anderson Ventura define “Canção de Paz”. Disponibilizada no mês passado, a faixa marca uma nova aproximação do músico ao estilo jamaicano.

Fundador da banda capixaba Java Roots, sucesso entre a segunda metade da década de 1990 e o início dos anos 2000, Anderson justifica esse afastamento do reggae.

“Algumas pessoas devem pensar que estava insatisfeito com o estilo. Não foi nada disso. Queria conhecer outras coisas, passear por outras praias”, diz o músico, que dos seus 44 anos, 25 são de carreira.

Uma prova disso está em “Realize”, primeiro álbum solo do artista que foi lançado no ano de 2006.

“É um trabalho bem folk, meio Ben Harper. Nele, inclusive, cheguei a gravar um reggae. De lá pra cá, não tinha tocado nada de reggae... Até agora”, conta o músico.

É nesse contexto que nasce “Canção de Paz”, música que chegou, segundo Anderson, “para trazer um refresco para as pessoas”.

“Estamos vivendo um momento que ficar em paz é mais difícil do que brigar. E deveria ser o contrário”, analisa o músico, que aproveita a oportunidade para dar detalhes do seu segundo álbum solo.

Ainda sem nome e sem previsão de lançamento, o trabalho vai ser composto por singles que serão lançados ao longo deste ano. “Ainda neste verão, se tudo der certo, vou soltar mais duas músicas. Todas elas com pegada reggae”, diz.

Imagem ilustrativa da imagem Anderson Ventura de volta ao reggae
Anderson sobre novo álbum: “Vamos saborear diferentes frutas da Jamaica” |  Foto: Rodrigo Psi/Divulgação

Mas, ao contrário do ska de “Canção”, as novas faixas vão seguir outras vertentes do estilo que consagrou artistas como Bob Marley, Peter Tosh, Jimmy Cliff, Toots & the Maytals, Edson Gomes, entre outros nomes do estilo.

“Tem uma canção que é uma pegada new roots, que é o reggae usando sonoridades antigas e ao mesmo tempo moderna. Vai ser uma mescla de reggae com beats eletrônicos”, adianta Ventura. “Já a outra será um reggaeton”, explica.

No final das contas, o que Anderson Ventura vai propor em seu novo trabalho é um passeio pelas diferentes sonoridades de um estilo marcado por dar voz, muitas vezes, àqueles que não as têm.

“Vamos saborear diferentes frutas da Jamaica, mas mantendo a liberdade de misturar estilos, que foi uma coisa bem característica no Java Roots”, destaca o músico.


“O reggae tem um caráter sócio-político e espiritual”


AT2 Retorna ao reggae agora, como disse, após tirar umas “férias”. Quão importante foi para você enquanto artista esse afastamento?

Anderson Ventura Foi muito importante porque aconteceu logo após a gravação do meu disco solo e assim que cheguei ao continente europeu. Vivi em Portugal por três anos e, entre os trabalhos que fiz lá de músico, trabalhava em resorts e o interesse pela música brasileira era muito grande.

Foi aí que comecei a estudar mais a sério a Bossa Nova. Conhecer, eu já conhecia. Mas não tocava. Isso foi muito bom, porque ampliou os horizontes. Nesse período, eu me permiti escutar muita coisa. E no meio desse caldeirão tinha os clássicos da Jamaica.

Nas suas novas músicas promete fazer um passeio pelo reggae, mas também disse que isso vai acontecer mantendo a liberdade. Pode explicar como será?

Uma coisa que ficou muito característica na nossa carreira até agora é fazer uma música livre. O Java Roots era considerada da ala tropicalista da música capixaba, nessa onda de misturar gêneros. E isso acontecia sempre com brasilidade, com o nosso jeito de tocar.

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E o Java Roots? Qual a situação oficial da banda?

Eu nunca saí da banda. Ela simplesmente encerrou os trabalhos. Desativamos a banda, mas não oficializamos o fim dela. Resolvemos dar um tempo e cada um seguiu os seus projetos. Tanto é que, sempre que possível, a gente se encontra. Ano passado, por exemplo, fizemos uma live incrível. Pra a gente é mais gostoso fazer isso do que acabar com a banda.

Lembra quando foi que o reggae entrou na sua vida?

Foi com o meu pai. Lembro que ele chegou em casa com um LP do Jimmy Cliff que tinha a música “Reggae Night”. Lembro que aquele álbum me marcou muito. Gostava daquela vibração e da mensagem.

Passaram-se alguns anos, entrei na capoeira e tive um contato a sério com o estilo. Conheci Edson Gomes, um dos mestres do reggae aqui no Brasil. E daí por diante, me interessei por outros: Bob Marley, Peter Tosh... A safra é grande!

O que mais é mais marcante nesse estilo para você?

O reggae é um dos poucos ritmos onde ele permanece fiel a sua origem. Ele tem um caráter sócio-político e espiritual muito forte. Quando a gente o estuda, percebemos que sempre teve uma coisa de dar voz a um povo. Bob Marley deu voz a todo um país e a um povo subdesenvolvido, a Jamaica.

O Espírito Santo é ainda, em sua opinião, forte nesse estilo?

Tenho percebido o movimento: Lion Jump de volta, o Mandala Roots... Tem uma galera trazendo a influência do reggae para suas músicas. Estou sentindo que o Estado está voltando a se fortalecer, mas já esteve mais forte.

E nos próximos meses? O que aqueles que acompanham a sua música podem esperar além dos singles que promete lançar?

A ideia é construir o trabalho, que vem numa crescente. Estamos trabalhando para lançar um clipe com “Canção de Paz”. Depois desse vídeo exclusivo no IGTV, estamos trabalhando num vídeo para ser lançado no YouTube.

As duas próximas canções estão com seus clipes sendo lançados e, com certeza, vou fazer uma live depois do verão com o show novo, com banda completa, com toda essa influência do reggae.

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