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Economia

Alta do diesel vai provocar aumento no supermercado, dizem especialistas


Imagem ilustrativa da imagem Alta do diesel vai provocar aumento no supermercado, dizem especialistas
Helio Schneider: investimentos |  Foto: Dayana Souza/ AT/ 19/06/2018

O preço dos combustíveis foi, novamente, reajustado pela Petrobras. Enquanto a gasolina teve aumento de 8% nas refinarias, o óleo diesel ficou 6% mais caro. O litro de diesel teve uma alta de R$ 0,13, e seu preço médio no País agora é de R$ 2,24.

Além dos efeitos diretos dos reajustes, que pesam no bolso dos motoristas, especialistas afirmam que deve haver uma cadeia de inflação nos preços de outros produtos. De acordo com Hélio Schneider, superintendente da Associação Capixaba de Supermercados (Acaps), quando o diesel sobe, o mesmo ocorre com os preços dos alimentos.

“O transporte dos alimentos é rodoviário, por caminhões, abastecidos pelo diesel. Quando o combustível fica mais caro, as transportadoras aumentam os valores do frete. Com isso, os supermercados acabam reajustando os preços dos produtos”, explicou Hélio Schneider.

A previsão, segundo ele, é de que os preços dos alimentos comecem a ser remarcados em cerca de 25 dias. “Os produtos transportados de média a longa distância devem ser mais influenciados. Alguns exemplos são o feijão, arroz e o óleo de soja, que vêm do Sul e Centro-Oeste”.

O economista Ricardo Paixão acredita que a maioria dos supermercados deverá aumentar os preços dos produtos.

“Os estabelecimentos menores vão ter que repassar os altos preços de frete. Uma ou outra rede maior, que tenha fechado contrato de longo prazo com as transportadoras, pode segurar esses preços. Mas de forma geral, a maior parte terá que reajustar”, afirmou.

O economista José Márcio Soares de Barros alerta que essa alta generalizada também deve chegar ao comércio e serviços.

“Todos precisam abastecer o veículo ou usar o gás de cozinha, que também teve reajuste. Com o aumento do custo de vida, as pessoas precisam cobrar mais caro para prestar um serviço, como um corte de cabelo”, exemplificou.

Já o economista Eduardo Araújo pensa que a procura pelos produtos básicos pode diminuir com o fim do auxílio emergencial.

“Com a queda no consumo nos supermercados, os lojistas podem segurar esses preços. O poder de compra da população mais pobre caiu muito”, analisou.

Especialistas veem reforma tributária como solução

Imagem ilustrativa da imagem Alta do diesel vai provocar aumento no supermercado, dizem especialistas
Ricardo Paixão avalia que, caso o País vacine boa parte da população, este ano terá números mais positivos |  Foto: Divulgação

Os últimos reajustes do diesel têm prejudicado os caminhoneiros, que já anunciaram a possibilidade de uma paralisação. “Se houver uma greve, o País para junto. O governo federal deve tomar medidas para conter esses aumentos, para que a população não sofra com o desabastecimento”, comentou o economista Ricardo Paixão.

A solução anunciada pelo governo federal é um projeto para fixar o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) dos combustíveis nos estados.

“Cada estado tem uma alíquota diferente, tem uma série de regras, com base na necessidade de arrecadação de cada um. Acredito que a solução passa por aí, mas não deve se resumir ao ICMS. Deveria haver uma reforma tributária muito mais ampla, para evitar que os impostos tenham impacto nos produtos alimentícios”, opinou.

O economista José Márcio Soares de Barros concorda com a necessidade de uma reforma tributária. “É difícil mexer com toda a estrutura de contas por trás das alíquotas de cada estado”, afirmou. “Não é viável que eles percam uma das maiores fontes de receita”.


Saiba mais


Reajuste do diesel

  • A Petrobras anunciou alta de 6% no valor do óleo diesel.

  • O preço médio do combustível passou a R$ 2,54, com o aumento de R$ 0,13.

  • O diesel abastece os caminhões, responsáveis pelo transporte de alimentos no País.

Inflação generalizada

  • A alta do diesel acaba puxando para cima os preços dos alimentos nos supermercados.

  • Isso acontece porque, pagando mais para abastecer, as transportadoras aumentam o valor do frete.

  • Segundo a Associação Capixaba de Supermercados (Acaps), os preços devem começar a subir em 25 dias.

  • O reajuste do combustível e do gás de cozinha puxa um aumento nos preços do comércio e serviços.

Produtos mais atingidos

  • Alimentos que vêm de outras regiões do Brasil devem ficar mais caros, como o arroz, o feijão e o óleo de soja.

  • Frutas como uva, pera e laranja, produzidas em outros estados, também vão sofrer o reajuste.

  • O que já é produzido no Estado, como carnes, café, ovos e hortaliças não terá grandes variações de preço.

Solução

  • O presidente Jair Bolsonaro disse que vai enviar uma proposta ao Congresso para fixar o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre os combustíveis.

  • O ICMS varia de estado para estado. O governo federal acredita que a proposta evitaria novos reajustes no combustível e uma nova greve dos caminhoneiros.

  • Entretanto, especialistas acreditam que o governo deveria investir na reforma tributária.

Fonte: Acaps e especialistas entrevistados.

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