Roger Machado, o ex-lateral que deu ao Fluminense o título da Copa do Brasil de 2007, é hoje o técnico que tem a preferência da diretoria para comandar o elenco na próxima temporada. O gaúcho de 45 anos, que já foi apontado como dos mais promissores treinadores do País, tem média de 1,50 ponto por partida em jogos pela Série A do Brasileiro, e perfil que se encaixa na filosofia do clube.

Tem identificação com os tricolores, faz boa gestão de vestiário, e gosta de estimular a capacidade de desenvolvimento dos jogadores mais jovens.

O tema vem sendo conduzido com discrição pelo presidente Mário Bittencourt, mas, por ora, o nome é este. Roger Machado está fora do mercado desde setembro do ano passado, quando encerrou a passagem de 16 meses pelo Bahia, após o 5 a 3 imposto pelo Flamengo na Fonte Nova.

Ao todo, foram 29 vitórias, 22 empates e 22 derrotas — aproveitamento de 49,7% dos pontos.

Não é ainda um técnico com imponente cartel de títulos (tem um estadual mineiro e dois baianos), mas com trabalhos elogiáveis no Grêmio, no Atlético/MG e no Palmeiras — sobretudo no primeiro.

O fato de Roger ter sido jogador do clube e conhecer o processo de formação de jovens valores que é realizado em Xerém o fortalece internamente.

E se a negociação evoluir pode ser muito bom para ambos: o treinador assumiria um elenco já competitivo e o clube ganharia um profissional cobiçado justamente por sua capacidade de produzir bons espetáculos.

Vejo familiaridade na filosofia de jogo se comparada a dos dois últimos treinadores do Fluminense e talvez Roger Machado seja mesmo um meio-termo entre Fernando Diniz e Odair Hellmann...

A cobiça

Artilheiro do Brasileiro com 17 gols e seis assistências em 31 partidas, o meia-atacante Claudinho, festejou no último dia 28 seus 24 anos de idade. Revelado pelo Santos, mas profissionalizado pelo Corinthians, o paulista de São Vicente rodou por times do interior do estado até ser identificado pelo Red Bull, em 2018.

Emprestado ao Bragantino em 2019, antes de homologada fusão, foi o destaque na campanha que levou o time de Bragança Paulista à Série A, em 2020.

De corpo esguio e toque refinado por vezes me lembra Sócrates, noutras me faz recordar de Raí.

Mas isto é o que menos importa. O eficiente Claudinho virou cobiça nacional e, embora tenha contrato até 2024, é sonho de consumo de todas as torcidas. Vira e mexe sou indagado com a pergunta que corre de boca em boca: quem ficará com Claudinho?