Optar pela troca de treinador, a esta altura, com a indefinição política do clube e as fragilidades técnica e emocional do time, é passo arriscado demais.

Mas é o que conselheiros e aliados políticos do presidente do Vasco Alexandre Campello pedem após os 4 a 0 impostos pelo Grêmio, ontem, em Porto Alegre – segunda goleada seguida no Brasileirão: que demita o português Sá Pinto e tente o retorno de Vanderlei Luxemburgo, que deixou o clube há um ano após livrar o time do rebaixamento.

A semana promete ser das mais agitadas em São Januário...

Botafogo 0 x 1 Flamengo

O Flamengo nem precisou empregar o tanto da energia movida no 1 a 1 com o Racing, na quarta-feira, para manter sua hegemonia nos clássicos cariocas. Só que a vitória no estádio Nilton Santos não produziu encanto e isso deixa muita gente ressabiada com o trabalho de Rogério Ceni.

O time teve 66% de posse de bola, com 14 finalizações, e passou a maior parte do tempo em busca de espaços no campo adversário para tentar chegar ao gol. Sem Gabriel Barbosa, e com Pedro fora de forma, foi pouco incisivo.

O Botafogo de Eduardo Barroca, apesar de agonizar na parte de baixo da tabela, perdeu o jogo numa falha individual de saída de bola. Não foi uma atuação de entusiasmar, mas o plano tático parece ser o ideal para o momento: baixar as linhas e buscar espaços para os contra-ataques.

Fluminense 3 x 1 Athletico/PR

A confiança no plano de jogo é tanta que Odair Hellmann optou por não levar em consideração o fato de o adversário ter um jogador a menos desde os 38 minutos do primeiro tempo.

E mesmo tendo ele dois jogadores do sistema defensivo punidos com o amarelo. O animador da trajetória do Fluminense no Brasileirão é a disciplina tática. O time tem forma e conteúdo. E ainda que não haja regularidade na eficácia tricolor, a entrega explica os 39 pontos somados em 24 rodadas.

Grêmio 4 x 0 Vasco

Custou caro o “bate-boca” entre o técnico Sá Pinto e o volante Felipe Bastos, na sexta-feira. O afastamento do jogador, indesejado pelos torcedores, mas querido pelos companheiros, quebrou a corrente.

Time nenhum sofre duas derrotas seguidas, acachapantes, se houver comprometimento entre comando e comandados.

Essa nova goleada emitiu sinais mais claros de desgaste na relação. Questão é saber como o Vasco sairá dessa sem se perder em mais uma troca de técnico.