O holandês Jan de Visser, ex-meia do Feyenoord, campeão da Copa Uefa de 2001/2002, esteve no Brasil no início da semana. Uma passagem rápida, de dois dias, apenas para acompanhar a assinatura de contrato de Salomon Kalou com o Botafogo. De Visser, hoje com 52 anos, é o agente internacional que cuida da carreira do marfinense e de dezenas de outros jogadores em atividade na Europa.

Ele fala com orgulho que seu cliente não veio para o Botafogo seduzido por um projeto financeiro. Tampouco interessado em aproveitar o calor e as maravilhas dos trópicos.

Tamanha certeza me faz ter a impressão de que esta é, em tese, o lamento de Paulo Autuori para o clássico da manhã deste domingo, contra o Flamengo, no Maracanã.

O marfinense fez três atividades com bola desde sua chegada e o pouco que se pôde ver deixou a impressão de que a bagagem elevará o padrão tático da equipe.

Kalou joga com toques de primeira, tem bom índice de acerto na troca de passes e imprime velocidade à saída para o ataque, virtudes que convenceram à diretoria de o empréstimo de Luiz Fernando para o Grêmio seria bom negócio.

O Botafogo colocará cerca de R$ 1 milhão em caixa e terá a possibilidade de faturar mais R$ 5 milhões com a venda de um percentual dos direitos ao final do empréstimo – e ainda ter a possibilidade de fazer mais dinheiro com o repasse ao exterior.

A troca de jovens promessas por jogadores mais experimentados e vitoriosos é um modelo defendido e verbalizado pelo português Jorge Jesus em sua entrevista à TV Benfica. Mas não duvido que seja também o conceito abraçado por Paulo Autuori, técnico com bagagem para a condução de um elenco internacional.

Há tempos que o treinador não brinda o torcedor brasileiro com a formação de um time encantador, mas o histórico profissional é dos mais invejosos.

Paulo Autuori trabalhou em Portugal, no Catar, Japão, Peru, Bulgária, Colômbia e até na seleção peruana. Tem entre suas conquistas um título do Brasileiro, duas Libertadores, Recopa Sul-Americana, Mundial de Clubes, Liga do Peru, Liga e Supercopa da Bulgária, duas Copas do Emir e os estaduais Paulista, Mineiro e Paranaense.

Fora trabalhos na gestão de elenco de Atlhetico/PR e Santos. Tem o DNA dos vencedores.

Ramonismo

Final da Champions League? Bayern de Munique x PSG? Que nada! Hoje é dia de Germán Cano em São Januário.