Sob a ótica dos projetos esportivos, o Fluminense encerra 2023 com 99% das principais metas alcançadas |  Foto: Divulgação

Apesar da goleada sofrida pelo Fluminense na final do Mundial de Clubes, é possível enxergar ao menos um ponto interessante: hoje, o mundo inteiro conhece o futebol autoral que o time pratica desde que Fernando Diniz o reassumiu em 2021. E não só por ter sido transmitido para países dos cinco continentes. Quem gosta da modalidade parou ou dividiu tela para ver o desafiante medir forças com o poderoso Manchester City de Guardiola. E é intangível o valor institucional disso.

A derrota, algo esperado por dez entre dez lúcidos torcedores, foi pano de fundo. Sob a ótica dos projetos esportivos, o Fluminense encerra 2023 com 99% das principais metas alcançadas.

Conquistou o bicampeonato carioca após 40 anos, conquistou a primeira Libertadores e teve o padrão tático de seu time reconhecido e elogiado pelo treinador adversário, considerado um dos mais admirados pelo jogo autoral. Além da maturação de jovens promissores.

Talvez, como sustentam alguns, Fernando Diniz pudesse ter adotado postura conservadora diante de um oponente mais robusto e com menos jogos na temporada. Mas quando foi que fez isso em mais de uma década de carreira? Não seria, então, o Fluminense que conhecemos, que nos encantou o ano inteiro com seu jogo associativo, fugindo da pressão através do toque de bola. E foi esse o Fluminense que o mundo pôde ver em ação.

Sigo a lembrar que se trata de um clube com mazelas financeiras, que tem dificuldades até para depositar o FGTS dos funcionários e formado sob um custo relativamente modesto para um projeto de excelência. Assim sendo, no custo & benefício, o Fluminense fez de 2023 um ano espetacular.