Ednaldo Rodrigues foi destituído do cargo de presidente da CBF por decisão judicial |  Foto: Divulgação/CBF - Lucas Figueiredo

Denúncias de gastos não autorizados com viagens dos filhos ao Rio de Janeiro, dinheiro gasto com indenização extrajudicial a pilotos do jato particular da CBF dias antes de deixar o cargo... Aumentam a cada dia as denúncias contra o ex-presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues, destituído por decisão judicial.

Mas, enquanto não se elege um novo mandatário, fica a pergunta: será o interventor José Perdiz o representante da entidade na reunião do Conselho da Fifa que será realizado em Jidá, na Arábia Saudita, no próximo dia 20?

Ainda não se sabe, ao certo. Até a véspera do embarque da delegação do Fluminense para a disputa do Mundial de Clubes na última quarta-feira (13), o lugar de Ednaldo estava reservado.

Ele seria uma espécie de “chefe da delegação”, e faria parte da equipe que apresentaria ao Conselho a candidatura do Brasil a país-sede do Mundial Feminino de 2027 - Bélgica, África do Sul e Estados Unidos/México são outros postulantes.

Afastamento

Ocorre que com o afastamento do presidente pouco se sabe sobre quem defenderá o projeto em nome do país.

Uma coisa é certa: Ednaldo estará lá. O baiano tem um lugar fixo no Conselho (antigo Comitê Executivo da Fifa), principal órgão da entidade, do qual fazem parte 36 membros, além do presidente Gianni Infantino – são oito vice-presidências ocupadas por representantes das seis confederações continentais e 28 membros representando os países filiados a elas.

No último dia 3 de novembro, Ednaldo foi aclamado membro permanente do tal Conselho da Fifa durante o 77º Congresso Ordinário da Conmebol realizado no Rio.

Será constrangedor para o futebol brasileiro ter, num dos mais importantes eventos da Fifa, a presença de um representante que ainda se sabe quem é e um presidente afastado do cargo pela Justiça do país.