Foi dada a largada nos ministérios à operação de contenção de danos nos cortes em programas do governo em 2023, a exemplo do Farmácia Popular e do Casa Verde Amarela, revelados pelo Estadão. Desenvolvimento Regional, Agricultura e a Secretaria da Receita Federal já mandaram representantes para conversar com parlamentares da Comissão Mista de Orçamento. Um desses funcionários se queixou de que os programas foram cortados sem consulta prévia às pastas, o que não é praxe. 

Os cortes foram feitos na Casa Civil e só poderão ser recompostos, segundo a Economia, caso a área política do governo autorize a poda do orçamento secreto, o que enfrentaria obstáculos políticos e operacionais.

COMPLEXO.  Ainda que o ministro Paulo Guedes envie uma modificação do Orçamento, como promete, não poderia zerar as emendas de relator (orçamento secreto), porque elas estão previstas na Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2023, sancionada por Bolsonaro. Caso prevaleça a ideia, seria preciso alterar também essa lei.

PÊNDULO.  Guedes defendeu o veto ao orçamento secreto, como em 2020 e 2021. Foi vencido pela equipe política liderada por Ciro Nogueira (Casa Civil) e que está colada em Jair Bolsonaro.

APOIO.  Pesquisa que a CNI divulga hoje com 1.001 industriais mostra que as reformas administrativa e tributária têm o apoio de 97% deles, disparado as ações com maior aprovação. Privatização da Caixa e do BB, por seu turno, tem aceitação de 57% e 59%, respectivamente. O programa de Bolsonaro para taxistas e motoristas de caminhão, menos: 42%.

DOEU.  Antes confiantes na passagem ao 2º turno, aliados de Tarcísio de Freitas (Republicanos) dizem que a agressão à jornalista Vera Magalhães desestabilizou a campanha. Além de abrir novo flanco, o incidente reacendeu críticas do bolsonarismo raiz ao ex-ministro a menos de 20 dias da votação.

SÓ EU.  Influenciadores bolsonaristas como Leandro Ruschel, Bernardo Küster e Adrilles Jorge criticaram publicamente Tarcísio por condenar o agressor. Membros da campanha de Tarcísio minimizam o impacto eleitoral das críticas e dizem que o eleitor bolsonarista não tem outra alternativa de voto.

NÃO VI.  Já a campanha de Jair Bolsonaro fez o possível para se distanciar. O Presidente tenta diminuir a resistência entre as mulheres. Bolsonaristas dizem que “o problema não é nacional”, mas de Tarcísio e, no máximo, de Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

CLICK:  Em viagem que fez a Minas Gerais, sem a companhia de Lula, Geraldo Alckmin, candidato a vice do petista, participou da campanha do candidato a governador Alexandre Kalil (PSD) e fez até um L com as mãos.

CUMPRA-SE.  Candidatos no Paraná pelo PL, partido de Bolsonaro, ingressaram na Justiça contra a sigla cobrando o repasse do fundo eleitoral. Eles alegam que, sendo mulheres e negros, têm direito a receber valores equivalentes de candidatos brancos. Enquanto receberam entre R$ 20 mil e R$ 50 mil, deputados brancos que buscam a reeleição receberam R$ 1,5 milhão.

CUMPRA-SE 2.  Na ação, os candidatos pedem o bloqueio de R$ 2 milhões da conta do PL até que a norma do TSE seja cumprida Procurada, a direção do partido não se pronunciou.

Pronto, falei!

"Espero que a desculpa do Eduardo seja ouvida pelo Jair Bolsonaro”, Alexandre Padilha,  deputado federal (PT-SP), sobre post de Eduardo Bolsonaro condenando agressão de deputado contra Vera Magalhães