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Coronavírus

934 usaram CPF de pessoas mortas para tomar vacina contra Covid


Uma auditoria na campanha de vacinação contra a Covid-19 no Estado identificou que 934 cidadãos apresentaram CPF de pessoas que já morreram para receber a aplicação do imunizante.

O levantamento foi realizado pela Secretaria de Controle e Transparência (Secont) em parceria com a Secretaria da Saúde (Sesa). Foram checadas mais de 800 mil doses aplicadas de 18 de janeiro a 12 de maio deste ano.

Imagem ilustrativa da imagem 934 usaram CPF de pessoas mortas para tomar vacina contra Covid
Idosa é vacinada contra o novo coronavírus: acima dos 80 anos, a eficácia da vacina do Butantan chega a 28% |  Foto: Leone Iglesias - 22/05/2021

Além da vacinação de pessoas que, na data da aplicação, já teriam morrido, também foram encontradas  inconsistências como o registro de mais de três doses aplicadas em pessoas com o mesmo CPF.

Também foram identificadas discrepâncias nas faixas etárias imunizadas. "A auditoria constatou 11.582 doses aplicadas em cidadãos com idade inferior à faixa etária informada como justificativa para inclusão no grupo prioritário que estava sendo vacinado a cada fase da imunização. Quando se exclui os vacinados com 60 anos ou mais, do total de 11.582 doses, 1.448 doses teriam sido recebidas por pessoas com menos de 60 anos, ou seja, em pessoas que não fariam parte deste grupo prioritário", informou a Secont. 

Segundo a Secretaria de Controle e Transparência, todos os dados serão encaminhados para as instâncias competentes para averiguação. 

A Secont disse ainda que tem atuado de forma preventiva para identificar riscos e corrigir eventuais falhas que possam comprometer a rapidez e a qualidade da campanha de imunização contra a Covid-19 no Estado.

Leia o comunicado na íntegra:

"Ação de controle foi realizada no âmbito da auditoria na campanha de vacinação, analisando a imunização no período de 18 de janeiro a 12 de maio deste ano. A auditoria na campanha de vacinação contra o novo Coronavírus (Covid-19), iniciada em março pela Secretaria de Controle e Transparência (Secont) em parceria com a equipe da Gerência de Auditoria em Saúde da Secretaria da Saúde (Sesa) com o objetivo
de acompanhar o processo de imunização em todos os 78 municípios capixabas, realizou uma ampla checagem na base de dados do público imunizado no Espírito Santo.

A análise abrangeu um universo de 882.505 doses aplicadas, no período de 18 de janeiro a 12 de maio deste ano. A ação de controle visa a identificar riscos nos procedimentos adotados e corrigir eventuais falhas que possam comprometer a rapidez e a qualidade da campanha de imunização contra a Covid-19 no Estado.

Para a realização do trabalho, a auditoria contou com trilhas de investigação desenvolvidas pelo Laboratório de Dados, Análise e Tecnologia Aplicada à Auditoria (LAB.Data). A checagem cruzou eletronicamente as bases de dados de pessoas vacinadas com os cadastros de servidores públicos estaduais e do sistema de óbitos estadual.

A análise resultou na identificação de inconsistências, que serão encaminhadas aos órgãos competentes, como a Polícia Civil, para uma averiguação detalhada. Entre os sinais de alerta encontrados estão 1.240 casos em que o registro aponta a aplicação de 2ª dose de laboratório diferente da 1ª dose recebida; e 70 doses registradas como fabricadas por um laboratório sem vacinas disponíveis no Estado.

Foram identificadas ainda discrepâncias nas faixas etárias imunizadas. A auditoria constatou 11.582 doses aplicadas em cidadãos com idade inferior à faixa etária informada como justificativa para inclusão no grupo prioritário que estava sendo vacinado a cada fase da imunização. Quando se exclui os vacinados com 60 anos ou mais, do total de 11.582 doses, 1.448 doses teriam sido recebidas por pessoas com menos de 60 anos, ou seja, em pessoas que não fariam parte deste grupo prioritário.

A checagem apontou, ainda, que os registros da aplicação de doses mostram 408 casos em que o portador de um mesmo número de CPF teria recebido mais de três doses de vacina, e outras 934 doses aplicadas em pessoas que, segundo o sistema de registro de óbitos, já teriam falecido na data de aplicação da vacina.

A averiguação detalhada de cada caso é necessária para determinar o que levou à ocorrência das inconsistências encontradas, já que elas podem ser resultado tanto de falhas na alimentação do sistema de registro das doses aplicadas como de fraudes ou ações de “fura-fila”.

Prevenção

A Secont tem atuado de forma preventiva para identificar riscos e corrigir eventuais falhas que possam comprometer a rapidez e a qualidade da campanha de imunização contra a Covid-19 no Estado. A ação integrada acontece por meio da auditoria na vacinação, iniciada em março com o objetivo de acompanhar o processo de imunização, desde as condições de acondicionamento e distribuição das doses até a
verificação da observação dos grupos prioritários definidos a cada fase do Plano Nacional de Imunização e dos critérios de prioridades definidos em Resoluções CIB / SUS – ES.

Por meio de aplicação de checklist em todos os 78 municípios capixabas, além de visitas presenciais a redes de frios e locais de vacinação definidos por amostragem, a auditoria já identificou casos como vacinas em estoque com prazo próximo do vencimento; inconsistências no controle da quantidade de doses distribuídas a cada local de vacinação e doses em estoque; além de atrasos e falhas na alimentação do
sistema nacional que controla o número de doses aplicadas, entre outros potenciais riscos ao bom andamento da campanha de imunização.

Todas as questões levantadas pela auditoria são comunicadas de imediato às Controladorias dos municípios, já que as prefeituras são responsáveis pela execução da campanha de vacinação. O objetivo é identificar soluções em conjunto, para evitar que falhas no processo possam comprometam a imunização".

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