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Saúde

Médicos explicam o que fazer para se proteger do coronavírus


Imagem ilustrativa da imagem Médicos explicam o que fazer para se proteger do coronavírus
Alexandre Rodrigues é presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia no Estado. |  Foto: Dayana Souza/AT

O primeiro caso de coronavírus confirmado no Brasil e as suspeitas no Espírito Santo fizeram aumentar o temor pela doença. Até agora, o vírus já infectou mais de 80 mil pessoas em todo o mundo, matando 2,7 mil pacientes.

Pensando na prevenção, a reportagem de A Tribuna ouviu especialistas e buscou orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) para saber como a população pode se proteger.

A principal recomendação é simples e bastante eficiente, segundo médicos e a própria OMS: lavar as mãos com sabão após usar o banheiro, sempre que chegar em casa ou antes de pegar em alimentos.

“Água e sabão já resolvem. Não precisa nem de uma corrida para a compra de álcool em gel. Também é importante evitar o compartilhamento de objetos comuns, como copos e talheres”, afirmou o presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia no Estado, Alexandre Rodrigues.

O álcool em gel, no entanto, também é eficiente, desde que seja o de 70%, vendido em farmácias. Para o infectologista Fábio Coutinho, o mais importante é “caprichar” na higiene pessoal.

“Quando se trata de doença viral, é preciso caprichar, pois a transmissão é através da gotícula de saliva. Na hora de espirrar e tossir, por exemplo, é importante cobrir a boca com a parte interna do braço – e sempre lavar as mãos”.

O ideal é esfregar as mãos entre 15 e 20 segundos para garantir que vírus e bactérias sejam eliminados, de acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Virologia, Fernando Spilki.
Essa é uma orientação básica para evitar uma série de doenças, como o próprio coronavírus, que é considerado um vírus “envelopado”, como explicou Spilki. “A camada do envelope, por conter gordura, é muito sensível a solventes, sabão, à falta de umidade no ambiente”.

Já o uso de máscaras não está sendo recomendado para pessoas saudáveis, ou seja, sem sintomas da doença. Apenas profissionais de saúde e pessoas que apresentem sintomas precisam usar máscaras.

“A máscara é colocada no paciente, pois serve como uma barreira, evitando que a gotícula se espalhe”, afirmou Fábio Coutinho.

Idosos e diabéticos têm maior risco de complicações

Mais da metade das vítimas do coronavírus tem idade superior a 50 anos e diagnóstico de alguma doença crônica. O maior índice de mortalidade foi entre os idosos, em média de 75 anos.

O que explica isso é a chamada imunossenescência. Trata-se de um processo natural do envelhecimento, que diminui a capacidade do sistema imunológico. Com isso, aumenta a incidência de doenças infectocontagiosas em idosos, o que inclui o coronavírus.

“São doenças que afligem o sistema imunológico”, ressaltou o infectologista Fábio Coutinho.

O especialista ressalta, por exemplo, que um diabético pode ter mais complicações. “No caso de um diabético com excesso de açúcar e que não está em tratamento correto, esse excesso abaixa a imunidade”, disse.

As recomendações para os idosos são semelhantes: lavar as mãos com maior frequência, evitar o contato com pessoas vindas de áreas com casos confirmados da doença e manter-se hidratado.
Segundo o Centro Chinês para o Controle e Prevenção de Doenças, 81% dos casos são leves e não apresentam sinais de pneumonia, ou têm apenas pneumonia “branda”. Os pesquisadores afirmam que pessoas que já enfrentam outras doenças, como as cardiovasculares, possuem maior suscetibilidade.

Saiba mais

O que é o coronavírus?

  • É um novo vírus que tem causado doença respiratória pelo agente coronavírus, com casos que foram registrados inicialmente na China.
  • Os coronavírus são uma grande família viral, conhecidos desde meados de 1960, que causam infecções respiratórias em seres humanos e em animais.

O que causa?

  • Geralmente, infecções por coronavírus causam doenças respiratórias leves a moderadas, semelhantes a um resfriado comum.
  • Porém, alguns coronavírus podem causar doenças graves com impacto importante em termos de saúde pública, como a síndrome respiratória aguda grave (SARS), identificada em 2002, e a síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS), identificada em 2012.

Como é transmitido?

  • A disseminação acontece de pessoa para pessoa, ou seja, a contaminação por contato.
  • A transmissão costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como: gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, toque ou aperto de mão e contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

Quais são os sintomas?

Há diversos casos, como:

  • Assintomáticos (sem sintomas).
  • Infecções de vias aéreas superiores semelhantes ao resfriado (com coriza, febre e dificuldade para respirar, tosse seca, febre e cansaço).
  • Até casos graves, com pneumonia e insuficiência respiratória aguda, com dificuldade respiratória.

O que faz um caso ser suspeito?

  • Febre acompanhada de sintomas respiratórios, além de atender a uma das duas seguintes situações:
  • Ter viajado antes do início dos sintomas para área de transmissão local, como China e Itália, nos últimos 14 dias.
  • Ter tido contato próximo com um caso suspeito ou confirmado. A febre pode não estar presente em casos de alguns pacientes, como idosos, pessoas com alguma doença ou que tenham utilizado antitérmicos.

Como é feito o diagnóstico?

  • O diagnóstico é feito com a coleta de materiais respiratórios (aspiração de vias aéreas ou indução de escarro).
  • É necessária a coleta de duas amostras na suspeita do coronavírus.

Existe tratamento?

  • Não há um medicamento específico. Indica-se repouso e ingestão de líquidos, além de medidas para aliviar os sintomas, como analgésicos.
  • Nos casos de maior gravidade, com pneumonia e insuficiência respiratória, suplemento de oxigênio e ventilação mecânica podem ser necessários.

Como se proteger?

  • Lavar frequentemente as mãos usando álcool em gel ou água e sabão, especialmente após contato com pessoas doentes, antes de se alimentar ou antes de colocar a mão no nariz e na boca.
  • Quando tossir ou espirrar, cobrir a boca e o nariz com o braço ou lenços descartáveis.
  • Evitar o contato próximo com quem tiver febre e tosse.
  • Não compartilhar objetos de uso pessoal.
  • Em caso de febre, tosse e dificuldade para respirar, buscar ajuda imediata e compartilhar o histórico de viagens com os profissionais de saúde.
  • Manter os ambientes ventilados.
  • Evitar tocar nos olhos, no nariz e na boca.

Quando usar álcool em gel?

  • Especialistas dizem que água e sabão já resolve o problema, mas é recomendável usar álcool em gel antes de se alimentar ou se precisar tocar na boca ou nariz.
  • O álcool em gel precisa ser o 70%. O de 46% não tem efeito para a finalidade de proteção.

É preciso usar máscara?

  • O uso não está indicado para todos. O uso é indicado somente para o serviço de saúde e para quem já está doente.

É possível ser contaminado com um produto vindo da China?

  • Não. A transmissão do coronavírus, até o momento, ocorre exclusivamente de pessoa para pessoa ou de animais para pessoas.

Temperaturas mais quentes podem amenizar os casos?

  • O clima frio favorece sua sobrevivência e transmissão. No entanto, a transmissão pode acontecer em climas quentes também.

Qual a orientação para quem for viajar?

  • Oficialmente, não há restrição ou proibição de viagem ao exterior.
  • No entanto, a recomendação é para evitar viagens a locais com surto, como a China e a região da Lombardia, na Itália.

Há vacina contra o coronavírus?

  • Não. No entanto, vários países, como Rússia, China e Estados Unidos, já pesquisam uma vacina contra coronavírus. A expectativa é que os testes comecem em dois meses.

Tomei a vacina contra a gripe. Estou protegido contra o coronavírus?

  • Não. A vacina da gripe protege somente contra o vírus influenza.

Quais são as orientações para portos e aeroportos?

  • Aumentar a sensibilidade na detecção de casos suspeitos. Além disso, reforçar a orientação para notificação imediata de casos suspeitos nos terminais.
Fonte: Especialistas consultados.

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