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Moradores comemoram reforma do viaduto Caramuru

Restauração do espaço, que foi construído em 1925 e possui 98 anos de história, será inaugurada hoje


Imagem ilustrativa da imagem Moradores comemoram reforma do viaduto Caramuru
O escritor e gestor cultural Manoel Goes comemora a entrega da restauração do viaduto, que iniciou em janeiro |  Foto: Heytor Gonçalves/AT

Com 98 anos de história, o novo viaduto Caramuru, localizado no centro de Vitória, será entregue hoje, às 18h30, após passar por restauração.

Durante a entrega, haverá chorinho, apresentação interativa com atores do Grupo Campanelli, pipoca, algodão-doce e pula-pula. Sendo o único viaduto na cidade, moradores comemoram a reforma do local, construído em 1925.

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O escritor, gestor cultural e diretor no Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo (IHGES), Manoel Goes, é um dos que comemora a entrega da restauração, que iniciou em janeiro.

Manoel relata que durante a infância e adolescência frequentou o local, já que seus avós paternos moravam na cidade, no Morro São Francisco.

“Tínhamos o costume de visitar meus avós paternos Adelina Araujo, a vó Moça, e Manoel Goes dois domingos por mês. Mesmo morando na Glória, em Vila Velha, era tradição da família frequentar a Cidade Alta”, relembra.

Para Manoel, o viaduto tem uma memória afetiva muito forte. “Eu passei aqui quando bebê, criança e adolescente. A minha vó Moça era uma líder dessa região, uma lavadeira que trabalhava para as elites. Ela também fazia parte da Congregação das Mulheres Pretas, da Nossa Senhora da Boa Morte, e era da linha dos 'Peróas' na igreja”.

Segundo o escritor, existiam duas linhas na igreja de São Benedito e São Gonçalo: Peroás e Caramurus. “Os Caramurus eram os devotos representados pelos ricos, e os Peroás eram os pobres. Tem toda uma história. Esse viaduto é icônico para a nossa família porque era por onde passávamos”.

Manoel destaca que a região onde o viaduto está localizado é histórica pelos conflitos e defesas, sendo palco de batalhas. “O viaduto vai fazer 100 anos, e a restauração de um patrimônio histórico é fundamental, principalmente para os jovens, para eles conhecerem a história”, afirma.

De acordo com o prefeito Lorenzo Pazolini, foi feito o restauro completo do viaduto, trazendo de volta os conceitos iniciais, sendo também restaurada a iluminação original.

“Estamos trazendo a arquitetura original, sendo isso muito importante para que a história da cidade não se perca. É um momento significativo, de devolver esse viaduto à cidade, valorizando o centro de Vitória”, destaca.

“Mesmo reconhecendo os desafios que existem, estamos muito presentes no Centro, dando vida novamente ao local, valorizando a história e proporcionando um processo de reocupação”, completa o prefeito.

Expectativa

“Marco importante”

Imagem ilustrativa da imagem Moradores comemoram reforma do viaduto Caramuru
Higor Candido Leandro é comerciante |  Foto: Heytor Gonçalves/AT

Vivendo no Centro desde que nasceu, o comerciante Higor Candido Leandro, de 41 anos, considera o Viaduto Caramuru como um “marco importante” na história da cidade.

“Ele ficou um tempo abandonado, mas essa restauração é importante para nós, moradores”.

Faz parte da história

Imagem ilustrativa da imagem Moradores comemoram reforma do viaduto Caramuru
Gustavo Abreu é autônomo |  Foto: Heytor Gonçalves/AT

Foi ouvindo as histórias de sua mãe que o autônomo Gustavo Abreu, 18, descobriu a importância do Viaduto Caramuru para o Centro. “A reforma está muito boa, ainda mais por manterem os trilhos, que fazem parte da história. Será um bom local para poder levar meus filhos”.


Opinião

Imagem ilustrativa da imagem Moradores comemoram reforma do viaduto Caramuru
Lorenzo Pazolini |  Foto: Arquivo/AT

"Estamos trazendo a arquitetura original, sendo isso muito importante para que a história da cidade não se perca. É um momento significativo, de devolver esse viaduto à cidade”, afirmou o prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini.


Trilhos foram recuperados

Viaduto

O Viaduto Caramuru constitui o único exemplar de estrutura elevada, do tipo viaduto, remanescente do século 20 no município de Vitória. Foi construído sobre a rua de mesmo nome e interliga às ruas Francisco Araújo e Dom Fernando.

Ele consiste em um marco de ligação da parte baixa da cidade com seu núcleo fundacional, a chamada Cidade Alta.

Inicialmente chamado de Viaduto de São Francisco, foi construído entre os anos de 1924 e1927 no governo de Florentino Avidos. Por sua importância histórica, foi identificado como de interesse de preservação em 1984 pelo município.

História

A rua Caramuru é uma das mais emblemáticas da história da cidade de Vitória. Inicialmente denominada rua do Fogo, a atual Caramuru foi palco de uma batalha entre locais e invasores holandeses, em que os últimos foram expulsos.

Foi somente em 1872, que a rua do Fogo veio a ser nomeada rua Caramuru.

No início da década de 1930, essa, que até então era uma viela, foi substituída por uma rua de 15 metros de largura, dando acesso à Cidade Alta. Para tanto, casas antigas foram demolidas no local da rua, sendo antes desapropriadas amigavelmente. O viaduto foi construído na gestão do governador Florentino Ávidos (1924-1928).

Restauração

A restauração do local ocorreu por meio de manutenção e recuperação do tabuleiro, adornos, postes, calçadas, muros de arrimo e do pavimento de concreto do viaduto.

De forma a valorizar a sua memória, os trilhos originais foram lixados e recuperados e receberam uma camada de verniz.

Também foi realizada a reconstrução do pavimento da calçada; foram recuperados os postes metálicos existentes e houve instalação de iluminação cênica. Foi retirada a camada asfáltica e teve recuperação do paralelepípedo original das ruas Caramuru, São Francisco e Francisco Araújo.

Fonte: Prefeitura de Vitória.


Museu do negro com exposições e shows

O Museu Capixaba do Negro, o Mucane, considerado um tesouro cultural localizado no coração da capital, também foi reinaugurado neste mês.

A edificação de 1912 é um testemunho da herança afrodescendente da cidade e passou por restauração, sendo composta por dois pavimentos e uma ampliação de três pavimentos nos fundos.

“Já temos diversas exposições, curadores e artistas interessados em expor no Mucane. O Museu é referência e temos uma 'disputa', no bom sentido, para fazer as exposições no local”, destaca o prefeito Lorenzo Pazolini.

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