X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Economia

Petrobras decide sobre dividendos e elege novo conselho nesta quinta

Na eleição para o conselho, o governo tenta ampliar sua influência direta sobre a maior estatal brasileira


A Petrobras realiza nesta quinta-feira (25) assembleia de acionistas para eleger um novo conselho de administração e definir sobre o pagamento de dividendos extraordinários, foco de uma crise política que quase derrubou o presidente da estatal, Jean Paul Prates.

Na eleição para o conselho, o governo tenta ampliar sua influência direta sobre a maior estatal brasileira. Já a questão dos dividendos ajuda a melhorar a visão de investidores sobre a companhia, abalada após os ruídos em torno do tema.

"A Petrobras enfrentou um início de ano turbulento, mas as perspectivas para a companhia estão melhorando", escreveu, em relatório, Marcelo Boragini, sócio e especialista em renda variável da Davos Investimentos.

Ele destaca, porém, que o recuo do governo em relação aos dividendos recoloca a estatal entre as petroleiras com retorno aos investidores acima da média, com expectativa de pagar entre 12% e 13% do valor das ações em 2025.

"É particularmente notável, superando a média do mercado, o que pode tornar a Petrobras um investimento atraente para aqueles com uma visão de longo prazo", disse Boragini.

A disputa pelos dividendos vem desde antes do governo Lula, quando a direção bolsonarista da Petrobras se tornou alvo de críticas pela elevada remuneração aos acionistas em um período de combustíveis caros e baixos investimentos.

Em 2023, Prates comandou uma mudança na política de dividendos que reduziu um pouco o percentual da geração de caixa a ser distribuída, mas sem desagradar demais investidores privados.

Em março, representantes do governo no conselho vetaram proposta da diretoria da empresa para distribuir 50% de dividendos extraordinários de R$ 43 bilhões, alegando que a medida poderia impactar a capacidade de investimento da companhia.

A decisão derrubou as ações da estatal, esquentou a fritura de Prates e acabou sendo revista na semana passada, por determinação de Lula. Deve ser levada a votação em assembleia nesta quinta e aprovada com voto do governo e de minoritários.

O mercado espera que, no decorrer do ano, a empresa aprove a distribuição dos 50% adicionais de dividendos relevantes, diante da relevância dos recursos para o equilíbrio fiscal do governo.

"O governo é um dos principais beneficiários desses dividendos", destacou Alexandre Pletes, chefe de renda variável da Faz Capital. "Este fato é relevante considerando a recente mudança na meta fiscal para 2025, visando um déficit zero e a possível utilidade desses dividendos da Petrobras para ajudar a atingir esse objetivo."

Na votação para o conselho, estão em jogo 10 das 11 cadeiras do colegiado que decide a estratégia da estatal --uma delas, reservada a representante dos trabalhadores, será ocupada novamente por Rosângela Buzanelli.

Outras duas são reservadas a representantes de acionistas minoritários. Uma será disputada por três candidatos: Aristóteles Nogueira, sócio da gestora de recursos XP Investimentos; Jerônimo Antunes, conselheiro de outras empresas; e Thales Kroth, analista financeiro na Top Cold.

A outra será ocupada novamente pelo advogado Francisco Petros, único candidato dos acionistas detentores de ações ordinárias (com direito a voto).

As oito restantes serão disputadas entre governo e investidores privados. Até 2020, o acionista controlador ocupava todas elas, mas acionistas privados começaram a se unir para ampliar sua participação. Hoje, o governo tem seis dessas cadeiras, e os minoritários, duas.

O governo apresentou uma lista com oito nomes, cinco deles já no colegiado: Prates, o secretário especial de Análise Governamental da Casa Civil, Bruno Moretti, dois secretários do MME (Ministério de Minas e Energia), Victor Saback e Pietro Mendes, e o advogado Renato Gallupo.

Pietro Mendes é o atual presidente do conselho e chegou a ser afastado do mandato por liminar concedida pela Justiça Federal de São Paulo, mas a decisão foi derrubada e ele concorre novamente à presidência do conselho.

O deputado conseguiu também afastar o ex-ministro Sergio Machado Rezende. A decisão também foi revista, mas ele não é candidato à reeleição.

Em sua lista, o governo acrescentou o secretário-executivo adjunto do Ministério da Fazenda, Rafael Dubeux, que substitui Sergio Machado Rezende, e representa um avanço da influência direta do acionista controlador sobre o colegiado.

Esses seis provavelmente serão os representantes da União, já que as últimas duas vagas tendem a ficar com os atuais ocupantes, o banqueiro João José Abdalla e o advogado Marcelo Gasparino, ambos indicados pelo banco Clássico, de Abdalla, com apoio de outros minoritários.

MATÉRIAS RELACIONADAS:

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: