Dondoni, condenado por matar família em acidente, se entrega em Minas Gerais
O empresário Wagner Dondoni, condenado por matar três pessoas da mesma família em um acidente na BR-101 - há mais de 10 anos -, foi preso em Coronel Fabriciano, cidade no interior de Minas Gerais. Ele se entregou à Delegacia de Polícia Civil da cidade de forma espontânea, depois que a Justiça determinou a sua prisão.
Policiais chegaram a buscar pelo empresário em um de seus imóveis após a expedição do alvará de prisão, mas Dondoni não foi encontrado.
Até o momento, segundo a Secretaria de Estado da Justiça, não há determinação para que o empresário seja transferido para o Espírito Santo.
Por meio de nota, a Polícia Civil disse que a Superintendência de Polícia Interestadual e de Capturas (Supic) iniciou buscas imediatamente após o mandado ser expedido.
Disse ainda que durante as buscas, em um dos possíveis imóveis que o condenado poderia estar, foram informados pelos familiares de Dondoni que ele se encontrava em Coronel Fabriciano, Minas Gerais, e que se apresentaria de forma espontânea.
A polícia ressaltou que a transferência de presos é uma decisão que cabe ao poder judiciário.
Entenda o caso
Na última terça-feira (6), o juiz Romilton Alves Vieira Junior, da 1° Vara Criminal de Viana, emitiu um mandado de prisão para o empresário, que está solto desde fevereiro de 2020. A ordem de prisão, solicitada pelo Ministério Público do Estado (MPES), deve ser cumprida imediatamente.
Dondoni chegou a ficar preso por um ano, dois meses e 13 dias no Centro de Triagem de Viana (CTV), após a condenação, em 2018. No entanto, foi solto após o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) acatar o pedido de liberdade com base na decisão que absolveu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Na época em que Dondoni foi solto, o advogado de defesa, Rogério Pires Thomaz, chegou a afirmar que a Justiça não estipulou nenhuma restrição a ele, como uso de tornozeleira eletrônica.
O empresário tentou recorrer da decisão em 2019, pelo Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES), o que foi negado. Após as duas tentativas, não cabe mais recurso e a pena final ficou definida em 26 anos e 10 meses de reclusão em regime fechado.
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