Tarcísio cria vacina política na privatização da Sabesp
Coluna foi publicada nesta sexta-feira (19)
Ao incluir nas regras de privatização da Sabesp que o investidor estratégico não poderá vender suas ações até 2029, como antecipou a Coluna, o governo Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) criou uma vacina política. O período é o mesmo determinado para a universalização do saneamento básico.
Com isso, o governador reforça o discurso de que a desestatização vai permitir melhorias sociais, para rebater os opositores. A meta é garantir 99% de água potável e 90% de coleta e tratamento de esgoto em cinco anos.
A decisão de relacionar os dois prazos foi bem recebida pelos analistas de mercado. “Condicionar o lockup ao saneamento mitiga os riscos de não investimento e aumenta a expectativa de melhorar a rentabilidade da ação”, afirma Júlia Monteiro, analista da MyCap.
Otimismo. “É positivo para o governo e para os investidores. O Brasil tem um problema crônico com a falta de saneamento básico. Então, a medida é uma evolução e uma tendência global”, observa Gustavo Bertotti, da Messem Investimentos. Para Rafael Passos, sócio da Ajax Investimentos, a decisão abre espaço “para os players estratégicos acelerarem os investimentos”.
Mercado. Com as novidades na privatização, as ações da Sabesp fecharam esta quinta-feira (18) em alta de 1,63%, mostrou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado).
Modão. A festa de aniversário dos deputados Felipe Carreras (PSB) e Renata Abreu (Podemos) tornou-se um ato em defesa do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse). Até a dupla César Menotti e Fabiano saiu em defesa da iniciativa. “Quando pensar nos artistas, pense na estrutura das pessoas que estão com a gente”, afirmaram no microfone.
Alô. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), ligou para o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, e perguntou quais medidas a corporação poderia adotar no caso da deputada Dayany Bittencourt (União-CE). Ela encontrou câmeras escondidas no quarto do hotel em que morava em Brasília. A PF avalia quais instrumentos podem ser adotados, uma vez que há investigação aberta na Polícia Civil.
Escolhido. Aliado de Lira (PP), o ministro Jhonatan de Jesus, do TCU, foi sorteado relator do pedido feito pelo Ministério Público junto à Corte para apurar a eficácia das saidinhas. Dois ministros do TCU ouvidos pela Coluna, porém, veem poucas chances de o caso prosperar na Corte.
Pesquisa. O MP pediu ao TCU levantamento sobre “a eficácia e a efetividade” das saidinhas e apresentação dos dados ao Congresso, que quer derrubar o veto do presidente Lula ao projeto.
Costura. O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), recorreu a Aécio Neves (PSDB) para ter apoio dos tucanos à sua reeleição. A sigla prometeu decidir até a próxima quarta-feira (24).
Hipóteses. O PSDB trabalha com três cenários para a eleição em São Paulo, nesta ordem de preferência: lançar candidatura própria de José Luiz Datena; apoiar Tabata Amaral (PSB); ou se unir a Nunes. Subir no palanque do prefeito, porém, desautorizaria o PSDB municipal, que fechou questão contra a ideia.
Pronto, falei!
"O protagonismo da reforma tributária foi do Parlamento. Respeitamos a função do Executivo de propor, mas não abrimos mão da prerrogativa de sermos proativos” - Arnaldo Jardim, deputado federal (Cidadania-SP)