Ministra busca empresários para emplacar a sua reforma
Coluna foi publicada nesta quarta-feira (10)
A ministra da Gestão, Esther Dweck, aposta no empresariado para aprovar a reforma administrativa em moldes defendidos pelo governo Lula. No primeiro de muitos encontros que pretende fazer com o setor, Dweck tocou em pontos caros à iniciativa privada. Citou o horizonte de enxugamento do funcionalismo com a revolução digital e defendeu uma regulamentação clara das possibilidades de exoneração de servidores por mau desempenho, a partir de métricas definidas. As conversas ocorreram em um jantar na segunda-feira (08) promovido pelo presidente do conselho do grupo Esfera, João Camargo. Estavam lá o presidente da Febraban, Isaac Sidney; o vice-presidente de Relações Públicas da Huawei, Atilio Rulli; e o CEO da Oncoclínicas, Bruno Ferrari.
Tensão. A movimentação da ministra deve esquentar a rivalidade entre governo e o presidente da Câmara, Arthur Lira, sobre a reforma administrativa. O líder do Centrão quer mudanças mais amplas no RH do Estado, com a aprovação de uma PEC. Mas o Planalto rejeita a ideia por temer o fim da estabilidade do funcionalismo.
Vem aí. A Fundação Perseu Abramo, braço teórico do PT presidido por Paulo Okamotto, lançará uma websérie de 7 episódios sobre a ditadura. Com o presidente em silêncio sobre os 60 anos do golpe, cada vez mais o PT assumirá a função de dizer aquilo que Lula prefere silenciar para evitar estremecimentos com os militares.
Lavei… O governo Lula deve liberar a base aliada na votação do relatório que pede a manutenção da prisão do deputado Chiquinho Brazão (RJ). Mesmo sem uma sinalização clara do desfecho, Lira pautou a votação no plenário da Câmara para esta quarta-feira (10) e se blinda de uma eventual pecha de conivente. No Centrão, ainda há resistência em “entregar” um colega parlamentar.
…as mãos. O Planalto quer distância da prisão de Brazão, suposto mandante da morte de Marielle. A ordem aos aliados é manter o foco na pauta econômica.
Tudo… Na manifestação enviada ao STF em 04 de abril, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, avaliou que a estadia do ex-presidente Jair Bolsonaro na embaixada da Hungria não infringiu as medidas cautelares às quais ele está sujeito. Assim, não haveria motivo para prisão. O despacho está em segredo de Justiça, mas a Coluna teve acesso ao teor do texto, de quatro páginas.
…ok. O PGR também opinou que não há evidências para dizer que Bolsonaro buscou asilo político ao se hospedar secretamente na embaixada da Hungria.
Fé. “Acredito muito na sensibilidade, na visão política (de Bolsonaro). Os nomes que se colocam (para 2026) são pessoas experimentadas. Se não reverter a inelegibilidade, o nome que ele apontar será o meu”, disse Flávio.
Pronto, falei!
"A polícia que funciona, a segurança que funciona é aquela em que a população confia na polícia. Então, esse é um tema muito importante de política pública” - Cristina Neme, coordenadora do Instituto Sou da Paz