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Economia

10 perguntas e respostas sobre a nova gasolina


Ela promete reduzir o consumo em até 6% e fazer o carro rodar mais com menos combustível. A nova gasolina já está em algumas bombas no Estado e, para acabar com as dúvidas, A Tribuna ouviu especialistas da Agência Nacional do Petróleo (ANP) e da Petrobras, que responderam a 10 perguntas sobre a novidade.

Imagem ilustrativa da imagem 10 perguntas e respostas sobre a nova gasolina
Gasolina em posto: promessa de consumo menor e menos manutenção |  Foto: Leone Iglesias/AT

Especialista em Desenvolvimento de Novos Produtos da Petrobras, o engenheiro Rogério Gonçalves diz que o novo combustível começou a ser distribuído aos postos há um mês, conforme antecipado com exclusividade por A Tribuna em 25 de julho, mas não está em todas as bombas.

Não há uma maneira de descobrir se está abastecendo com a nova fórmula ou a antiga. Mas há mudanças que garantirão, segundo Gonçalves, menor risco de adulteração.

Os solventes usados no artifício possuem densidade inferior à exigida na nova gasolina. Será possível conferir mergulhando em densímetro calibrado entre 700 e 750 gramas por litro. Se o valor ficar abaixo de 715 será a prova que o combustível foi batizado.

“As novas regras definiram que a massa mínima deverá ser 715 kg/m³ para a gasolina. Quando esse volume é muito baixo, há menor conteúdo energético por litro, o que aumentava o consumo. Com a mudança, o combustível durará mais.”

A ANP explica que outro diferencial está na octanagem (índice de resistência de um determinado combustível à detonação — quanto maior a octanagem, melhor a combustão do combustível). Ela ajuda o carro a ter um desempenho mais próximo àquele que foi projetado pelos fabricantes. O valor passou de 87 para 92 octanas. Para 2022, o índice será de 93 octanas.

Já a gasolina aditivada segue sendo opção para limpar o motor, por ter um detergente dispersor, não presente na comum.

Gonçalves explica que o preço, que já subiu, pode ter novo aumento pois o cálculo é feito pela paridade com combustível de melhor qualidade do exterior.

O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado (Sindipostos-ES) informa em nota que a resolução da ANP prevê prazo de 90 dias para que os postos se adequem e comercializem só a nova gasolina.


As perguntas e as respostas


1 - O que muda na gasolina?
Introduziu-se de uma massa específica mínima de 715 kg/m para a gasolina. A massa específica é a quantidade de uma substância em um determinado volume. Até então, não havia exigência. Essa mudança garante um rendimento maior da gasolina.

Além disso, as normas agora estabelecem uma massa específica mínima e um valor mínimo de octanagem RON para a gasolina, o que vai aproximar o produto ao padrão dos Estados Unidos e da Europa.

O valor mínimo da octanagem será de 92 agora em agosto e passará para 93 em janeiro de 2022. Em outros países, como os europeus, por exemplo, o RON é de 95.

2 - A nova fórmula vai fazer o combustível render mais?
Sim. Com a melhoria do combustível, os motores funcionarão de maneira próxima do que é especificado pelas fabricantes e o veículo irá se comportar de maneira mais homogênea.
Com isso, o rendimento da gasolina por litro aumentará, garantido maior tempo de uso.

3 - A nova gasolina polui menos o meio ambiente?
Sim. Como ela tem um teor reduzido de enxofre (foi de 800 ppm para 50), ela poluirá menos.

4 - E o preço, vai aumentar?
O preço da gasolina já está ficando mais alto, tendo retornado a faixa dos R$ 4 em alguns postos. Há tendência de que o preço aumente do galão de gasolina deve fique entre US$ 0,04 e US$ 0,07 (ou seja, de R$ 0,05 a R$ 0,09 por litro) mais caro.

Mas a Petrobras diz que o valor mais caro deve ser compensado pelo maior rendimento do motor.

5 - Ela já chegou aos postos?
A nova gasolina está chegando aos postos do Estado desde o início do ano. De acordo com a Petrobras, essa chegada tem sido gradativa desde o início do ano em todo o país.

6 - Haverá redução nas idas à oficina com o novo combustível?
A promessa é essa. Com o aumento da octanagem de 87 para 93, aumenta a capacidade da gasolina de resistir à detonação, evitando o fenômeno chamado de batida de pino.

Tal fenômeno ocorre quando a queima da mistura ar/combustível acontece fora do tempo, ou seja, a vela produz a faísca para detonação antes dos pistões completarem o seu curso dentro dos cilindros.

7 - Como fica a gasolina aditivada?
Apesar de a nova gasolina ser uma mistura mais homogênea, os responsáveis pela limpeza do motor são os aditivos.

A gasolina aditivada possui um detergente dispersor que acaba fazendo esse trabalho, não tendo uma relação tão direta com o tipo de combustível. Desta forma, a opção aditivada seguirá existindo.

8 - O risco de adulteração diminui agora?
Os solventes usados na adulteração têm densidade inferior à exigida para a nova gasolina. Então, será mais fácil descobrir se uma gasolina foi batizada.

Será possível conferir isso mergulhando em densímetro calibrado entre 700 e 750 gramas por litro. Se o valor ficar baixo de 715 será a prova que o combustível foi batizado.

9 - O etanol e o diesel também vão mudar?
O etanol, que já é um combustível de fonte renovável, não tem mudanças específicas planejadas.

Quanto ao diesel, existem projetos de utilização de uma parcela maior de biodiesel na mistura, mas esses são planos para 2023.

10 - A velha gasolina vai continuar a ser vendida?
Não, ela será substituída totalmente pela nova em todos os postos num prazo de até 90 dias, contados a partir da última segunda-feira.

Fonte: Petrobras, ANP e Pesquisa AT.

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