Novo método que evita gravidez é aprovado no SUS

| 12/03/2021, 15:01 15:01 h | Atualizado em 12/03/2021, 15:14

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/prod/2021-03/372x236/medico-luis-bahamondes-6e02cec5b85bc417e5a5a48b0e374189/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fprod%2F2021-03%2Fmedico-luis-bahamondes-6e02cec5b85bc417e5a5a48b0e374189.jpeg%3Fxid%3D165750&xid=165750 600w, Médico Luis Bahamondes disse que o método, que consiste em 
um implante de bastonete flexível  no braço (destaque), pode beneficiar 20 milhões de mulheres no Brasil

O Sistema Único de Saúde (SUS) vai ofertar mais um contraceptivo para mulheres que não querem engravidar. A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec) anunciou a recomendação favorável para a incorporação do implante contraceptivo subdérmico.

O implante subdérmico de etonogestrel é um método contraceptivo de longa ação que demonstra menor falha, dentre todos os métodos existentes, mesmo em comparação com métodos irreversíveis, como laqueadura e vasectomia.

De simples aplicação, o bastonete flexível, de 4 cm de comprimento, é inserido no braço da mulher com anestesia local e o hormônio é liberado gradualmente no organismo, com a função de inibir a ovulação e, assim, impedir a gravidez, por até 3 anos.

Agora, condicionada à criação de programa específico no SUS, mulheres em idade fértil em situação de rua; portadoras de HIV/ Aids em uso do remédio dolutegravir; mulheres em uso do remédio talidomida; mulheres privadas de liberdade; “trabalhadoras do sexo”; e em tratamento de tuberculose em uso do remédio aminoglicosídeos terão mais uma opção de contraceptivo.

Antes da decisão, o único LARC disponível era o DIU de cobre.

“Aproximadamente 20 milhões de mulheres no Brasil dependem dos ambulatórios públicos de planejamento familiar. A ampliação do acesso aos métodos contraceptivos é uma grande vitória! Ações deste tipo são imprescindíveis para que possamos garantir o exercício dos direitos reprodutivos no País”, comentou o médico Luis Bahamondes, ginecologista e professor da Universidade Estadual de Campinas, em São Paulo.

De acordo com estudo publicado em março de 2020 pelo IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), a população em situação de rua cresceu 140% a partir de 2012, chegando a quase 222 mil brasileiros em março deste ano e o número de mulheres com crianças e grupos familiares acompanha esse crescimento.

“Mulheres em situações de vulnerabilidade social estão mais suscetíveis a uma gravidez não planejada e essa decisão vem para beneficiar e garantir direitos para esse público”, finaliza Bahamondes.


SAIBA MAIS Demonstrou menor falha


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Método

  • O Sistema Único de Saúde (SUS) vai ofertar mais um contraceptivo para mulheres que não querem engravidar.
  • O implante subdérmico de etonogestrel é um método contraceptivo de longa ação que demonstra menor falha, dentre todos os métodos existentes, mesmo em comparação com métodos irreversíveis, como laqueadura e vasectomia.
  • De simples aplicação, o bastonete flexível, de 4 cm de comprimento, é inserido no braço da mulher com anestesia local e o hormônio é liberado gradualmente no organismo, com a função de inibir a ovulação e, assim, impedir a gravidez, por até 3 anos.
  • Antes da aprovação desse novo método, o único LARC disponível era o DIU de cobre.

Realidade do Brasil

  • Atualmente, cerca de 20 milhões de mulheres no Brasil dependem dos ambulatórios públicos de planejamento familiar.
  • Podem ser beneficiadas mulheres em idade fértil em situação de rua; portadoras de HIV/ Aids em uso do remédio dolutegravir, “trabalhadoras do sexo”, entre outras.

Fonte: Médico Luis Bahamondes e Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias.

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