Novo exame amplia chance de detectar câncer de mama

Técnica conhecida como mamografia 3D, a tomossíntese aumenta até 30% a possibilidade de identificar o tumor e ajuda na cura da doença

Rafael Gomes, do jornal A Tribuna | 11/07/2022, 15:23 15:23 h | Atualizado em 11/07/2022, 15:24

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/img/inline/110000/372x236/inline_00119770_00/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fimg%2Finline%2F110000%2Finline_00119770_00.jpg%3Fxid%3D357138&xid=357138 600w, Advogada  Vanessa Alencar durante consulta com Karolline Abreu Vilela: “Enorme avanço”,  destaca mastologista
 

O diagnóstico precoce é visto como um dos principais aliados na cura do câncer de mama. E para reforçar ainda mais o tratamento, um novo tipo de exame vem sendo realizado para detectar a doença com maior precisão e eficácia.

É a tomossíntese, técnica que também é conhecida como “mamografia 3D”. O avançado método tecnológico aumenta até 30% as chances de identificação do tumor.

A tomossíntese é uma modalidade de mamografia digital. No equipamento, o tubo de raio x está localizado no braço do aparelho, que se desloca durante o exame, realizando uma sequência de imagens, em diversos ângulos, a cada 1 mm de espessura. 

Essa sequência de imagens fica imediatamente disponível para o médico. “Nos possibilita ver de forma mais precisa os tumores. É uma ferramenta que representa um enorme avanço, pois acaba diagnosticando mais tumores de mama do que o exame digital tradicional”, afirmou a mastologista da Rede Meridional, Karolline Abreu Vilela.

Um estudo publicado na revista científica Lancet Oncology mostrou que a tomossíntese é capaz de detectar 48% mais tumores do que apenas a mamografia tradicional. A pesquisa, conduzida pela Universidade de Munster, na Alemanha, rastreou 99 mil mulheres.

Os resultados mostraram que a taxa de detecção de câncer de mama foi de 7,1 casos em cada mil mulheres rastreadas pela tomossíntese, em comparação com 4,8 casos por mil mulheres no grupo da mamografia.

Por ter histórico na família, a advogada Vanessa Alencar, de 51 anos, faz exame para a detecção do câncer de mama regularmente e já vem utilizando a técnica.

Efeitos

A radiologista Marcela Balaro explica que a tomossíntese minimiza os efeitos da sobreposição de tecido mamário, comum nas mamografias convencionais. Essa sobreposição pode ocultar lesões, gerando resultados falsos-negativos, e criar falsas lesões, com falsos-positivos. 

“A visualização 3D possibilita a melhor caracterização das lesões, resultando em menor número de complementações e uma menor exposição à radiação”, explica.

Saiba mais

Método oferece maior precisão

Tomossíntese

- É uma técnica avançada para detecção de tumores, também conhecida como “mamografia 3D”. 

- No equipamento, o tubo de raio x está localizado no braço móvel do aparelho, que se desloca durante o exame, realizando uma sequência de imagens, em diversos ângulos, a cada 1mm de espessura. 

Benefícios

- A sequência de imagens fica imediatamente disponível para o médico.

- Elas possibilitam ver de forma mais precisa os tumores. O método aumenta até 30% as chances de identificação de cânceres.

- Um estudo publicado na revista científica Lancet Oncology mostrou que a tomossíntese é capaz de detectar 48% mais tumores invasivos do que a mamografia tradicional.

A técnica minimiza os efeitos da sobreposição de tecido mamário, que pode ocultar lesões, gerando resultados falsos-negativos, e criar falsas lesões, gerando resultados falsos-positivos e biópsias desnecessárias.

Fonte:  especialistas consultados na reportagem e Lancet Oncology.

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