Militares da missão à China também vão ficar em quarentena, diz Bolsonaro
"O pessoal chegando, inclusive nosso pessoal da Força Aérea, mais de uma dezena de militares. Quando voltar também vão passar o carnaval em quarentena. Então, é responsabilidade acima de tudo trazendo esse pessoal de lá para cá", disse Bolsonaro, na saída do Palácio da Alvorada.
O governo decidiu enviar dois aviões para trazer os cidadãos do Brasil que estão em Wuhan. As aeronaves devem decolar nesta quarta e o retorno está previsto para o sábado (8).
Na segunda (3), o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, havia dito que o governo estava estudando qual seria a quarentena da tripulação da missão. Na ocasião, Mandetta disse estava em avaliação se os tripulantes poderiam cumprir o período de isolamento em domicílio -hipótese agora descartada por Bolsonaro.
Um PL (projeto de lei) com as regras da quarentena também foi enviado ao Congresso. A Câmara já aprovou o texto, na terça (4), e o texto deve agora ser avaliado pelo Senado.
O ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, afirmou por sua vez, na terça, que a base aérea de Anápolis tem boas condições para receber os brasileiros. Segundo ele, o local atende o demandado por protocolos de saúde.
Está prevista na base a possibilidade de uso de diferentes protocolos de segurança, conforme a gravidade da situação, divididos nas cores branca, amarela e vermelha.
A previsão atual é que 29 pessoas venham da China, incluindo sete crianças. É possível que o número mude conforme o governo receba novos pedidos de evacuação.
A quarentena será de 18 dias.
Brasileiros que vivem em Wuhan começaram a receber um formulário para ser preenchido com informações pessoais e condições para retorno ao país -como ausência de sintomas e concordância por quarentena ao chegar no Brasil.
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