Febre Oropouche: conheça doença que teve casos confirmados no ES

Entre as características do vírus, o que mais se destaca é seu elevado potencial de transmissão e disseminação

Marcela Delatorre | 24/04/2024, 09:54 09:54 h | Atualizado em 24/04/2024, 15:21

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/img/inline/170000/372x236/Veja-as-cidades-que-registraram-casos-de-Febre-Oro0017787200202404232015/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fimg%2Finline%2F170000%2FVeja-as-cidades-que-registraram-casos-de-Febre-Oro0017787200202404232015.jpg%3Fxid%3D789126&xid=789126 600w, Mosquito maruim é o principal transmissor da febre oropouche

Uma nova doença tem circulado em solo nacional e já foi confirmada até mesmo no Espírito Santo: a Febre Oropouche. Mas você sabe qual doença é essa, quais seus sintomas e como se prevenir?

A Febre Oropouche é uma doença causada por um arbovírus e o vetor da doença é um inseto bem pequeno, de um a três milímetros, popularmente conhecido como "maruim" ou "mosquito pólvora". Sua coloração varia de cinza a castanho escuro e possui asas curtas e largas. Ele geralmente está associado a regiões com maior umidade e presença de matéria orgânica.

Entre as características do vírus, o que mais se destaca é seu elevado potencial de transmissão e disseminação, com capacidade de causar surtos e epidemias em áreas urbanas.

Até o momento, não há vacina e nem tratamentos específicos disponíveis para a Febre Oropouche. Por isso, é importante conhecer os sintomas e como se prevenir.

Veja as cidades que registraram casos da doença no ES

Transmissão

A principal forma de transmissão da doença é pelo mosquito-pólvora. Após a infecção, o vírus permanece no sangue dos indivíduos por 2 a 5 dias. Para prevenir, é importante saber que o mosquito precisa de três elementos para se desenvolver: umidade, sombra e matéria orgânica.

Prevenção

Por isso, as medidas de prevenção contra a Febre Oropouche envolvem o manejo do ambiente e medidas de proteção individual, como, por exemplo: manter árvores e arbustos podados para aumentar a insolação no solo, retirar o excesso de matéria orgânica da grama e manter os abrigos de animais (aves, suínos, bovinos e outros) sempre limpos.

Com relação às medidas de proteção individual, o uso de repelentes e roupas compridas pode ajudar a diminuir as picadas. O uso de telas em portas e janelas é recomendado em alguns casos.

Sintomas

Caso as medidas de prevenção não funcionem, é importante reconhecer os sinais da doença.

As manifestações clínicas da Febre Oropouche são parecidas com o quadro clínico de outras doenças, como a dengue, a chikungunya e a febre amarela,

Os casos agudos evoluem com febre de início súbito, dor de cabeça, dor muscular e dor articular. Outros sintomas, como tontura, dor nos olhos, calafrios, sensibilidade com a luz, náuseas e vômitos também são relatados.

Os sintomas duram de 2 a 7 dias, com evolução benigna e sem sequelas, mesmo nos casos mais graves. Não há relatos de óbitos associação à infecção pelo vírus.

As picadas do mosquito costumam causas incômodo e reações alérgicas. Como não existe um tratamento específico, os pacientes devem permanecer em repouso com tratamento sintomático e acompanhamento médico.

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