Costureira que morreu atropelada enterrou o pai há dois dias

| 30/07/2020, 20:36 20:36 h | Atualizado em 30/07/2020, 20:51

A costureira, de 48 anos, que morreu após ser atropelada em Vila Velha, na tarde desta quinta-feira (30), havia enterrado o pai há dois dias.

De acordo com o irmão de Fátima Soares, um técnico em Eletrotécnica, que preferiu não se identificar, ele e a irmã precisaram enterrar o pai na última terça-feira (28). A suspeita é que ele estava com Covid-19. 

"É uma tragédia. Na hora do acidente, eu estava na casa da minha mãe. Quando eu cheguei lá, eu sofri um baque. Tomei um choque na hora e não tive nem reação no momento. É complicado, tá?! Muito difícil você enterrar um pai na terça e na quinta-feira você perde sua irmã", disse o técnico em Eletrotécnica.

Segundo a polícia, o motorista estava embriagado e invadiu a contramão, atingindo Fátima, que morreu no local, sua filha de 25 anos e uma colega de trabalho, que está grávida. As duas foram socorridas e levadas a um hospital. Todas eram costureiras na mesma empresa. 

O familiar ainda explicou que as três estavam indo em casa para fazer o horário de almoço, porque moravam próximo ao local de trabalho. "Ela fazia esse percurso todo dia e, infelizmente, hoje aconteceu esse acidente com ela", disse.

Agora, a família de Fátima pede por justiça, mesmo com o receio da impunidade. "Você vê notícias de atropelamento passando todo dia e a Justiça não faz nada, porque a gente sabe que amanhã ele vai estar solto. Estipulam uma fiança pra ele, o cara vai lá e consegue e tá solto", afirmou. 

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