Alta concentração do vírus da gripe aviária é detectada em leite cru nos EUA

Desde março, foram relatadas infecções em 29 rebanhos em oito Estados dos Estados Unidos

Agência Estado | 23/04/2024, 12:31 12:31 h | Atualizado em 23/04/2024, 15:20

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/img/inline/170000/372x236/Alta-concentracao-do-virus-da-gripe-aviaria-e-dete0017776600202404231520/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fimg%2Finline%2F170000%2FAlta-concentracao-do-virus-da-gripe-aviaria-e-dete0017776600202404231520.jpg%3Fxid%3D788282&xid=788282 600w, Leite: concentração de vírus da gripe aviária foi detectada em bebida

O vírus da gripe aviária H5N1 foi detectado em leite cru de animais infectados em altas concentrações, disse, na sexta-feira, 19, a chefe do Programa Global de Influenza da Organização Mundial de Saúde (OMS), Wenqing Zhang. Segundo ela, ainda não se sabe por quanto tempo o vírus pode sobreviver no leite.

Apesar da confirmação de casos só ter ocorrido nos Estados Unidos, a recomendação geral da entidade é a de que as pessoas consumam apenas leite e produtos lácteos pasteurizados. O alerta reforça a preocupação da organização com a propagação do vírus entre mamíferos, o que poderia levar a um quadro de infecção entre humanos.

Desde março, foram relatadas infecções em 29 rebanhos em oito Estados dos Estados Unidos. Em abril, o país notificou a OMS sobre um caso da doença em uma pessoa do Texas, que trabalhava com rebanho, disse a organização. Segundo a entidade, os casos de H5N1 em vacas leiteiras e no humano não apresentaram aumento na adaptação do vírus a mamíferos.

"O caso no Texas foi o primeiro de um humano infectado pela gripe aviária por uma vaca. A transmissão de ave para vaca, vaca para vaca e vaca para ave também foi registrada durante esses surtos atuais, embora muitos ainda estejam sob investigação", disse Zhang. De acordo com ela, isso sugere que o vírus pode ter encontrado outras vias de propagação além das anteriormente conhecidas.

Até o momento, as infecções humanas por H5N1 permanecem raras e estão ligadas à exposição a animais e ambientes infectados, destacou a OMS. Desde 2003, foram relatados quase 900 casos em pessoas, variando de assintomáticos até graves. Cerca de metade desses casos foi mortal, e todos as ocorrências relatadas na Europa e na América do Norte tiveram sintomas leves, segundo a OMS.

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