Especialistas preveem eleições com maior número de faltas da história

| 13/07/2020, 15:30 15:30 h | Atualizado em 13/07/2020, 15:36

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/prod/2019-07/372x236/urna-eletronica-9ff2e2e511823dc7adeb1768507ec8ef/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fprod%2F2019-07%2Furna-eletronica-9ff2e2e511823dc7adeb1768507ec8ef.jpg%3Fxid%3D131801&xid=131801 600w, Novas urnas eletrônicas serão compradas

O Congresso aprovou e já promulgou a mudança da data das eleições deste ano para 15 de novembro (1º turno) ao invés de 4 de outubro e de 25 de outubro para 29 de novembro, nas cidades em que houver o 2º turno.

Porém, mesmo com a alteração da data, por conta da pandemia do novo coronavírus, é possível que o pleito deste ano tenha uma abstenção ainda maior do que o último, ocorrido em 2018.

Naquele ano, cerca de 30 milhões de pessoas deixaram de votar – 20,3% do eleitorado brasileiro.

Com um possível recorde a ser atingido este ano, especialistas acreditam que candidaturas com eleitorado fiel devem se sobressair.

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“O grande problema da abstenção em razão da pandemia é que ela afasta da urna o eleitor que é menos engajado a alguma das candidaturas”, diz o advogado em Direito Eleitoral, Ludgero Liberato.

“Se esse tipo de eleitor não comparecer, ganharão mais força as candidaturas que possuírem maior eleitorado fiel e partidário”.

Já o cientista político e professor da PUC de São Paulo Pedro Fassoni Arruda crê que candidatos com perfil mais progressista poderão se sair melhor nas urnas, em detrimento dos mais conservadores.

Isso, porque grande parte das abstenções pode vir de eleitores mais idosos, que estão no grupo de risco para a Covid-19.

“A abstenção pode, sim, determinar o resultado da votação. Geralmente, os mais jovens tendem a votar nos candidatos com perfil mais à esquerda, mais progressistas, enquanto que, à medida que aumenta a idade dos eleitores, a tendência é de que eles apresentem postura mais conservadora”.

A possibilidade real de um grande número de pessoas deixarem de ir às urnas em novembro fez com que o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, se manifestasse recentemente quanto a isentar os faltosos de multas eleitorais.

Segundo ele, a pandemia levanta uma preocupação de aglomerações nos locais de votação. O voto no Brasil é obrigatório para eleitores maiores de 18 anos e facultativo para quem tem 70 anos ou mais.

Em caso de ausência sem justificativa, a multa é de R$ 3,51 para cada turno no qual o eleitor faltou. O valor pode ser alterado pelo juiz eleitoral, de acordo com a situação de cada eleitor.

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