CPI da Cesan em Vitória vai tirar sigilos de investigados

Comissão criada para apurar possíveis irregularidades da estatal em contrato vai verificar informações bancárias e fiscais

Rodrigo Péret, do jornal A Tribuna | 27/05/2022, 16:41 16:41 h | Atualizado em 27/05/2022, 16:41

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/img/inline/110000/372x236/inline_00117179_00/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fimg%2Finline%2F110000%2Finline_00117179_00.jpg%3Fxid%3D338604&xid=338604 600w, Câmara de Vitória: denúncias
 

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) “da Cesan”, criada pela Câmara de Vitória, anunciou  que o prazo para conclusão dos trabalhos foi ampliado até o final de agosto e que a próxima fase da CPI será fazer a quebra dos sigilos fiscais e bancários de investigados.

A CPI apura a existência de eventuais irregularidades da Companhia Espírito-Santense de Saneamento (Cesan) na execução de contrato firmado com a prefeitura da capital.

“Originalmente a comissão teria prazo de 120 dias, mas na última reunião, na quarta-feira passada, 25, decidimos adicionar 60 dias a esse prazo”, explicou o vereador e membro da Comissão Leandro Piquet (Republicanos).

Também membro da CPI, o vereador Armandinho Fontoura (Podemos) explica que a ampliação do prazo foi necessária para analisar toda a documentação.

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/img/inline/110000/372x236/inline_00117179_01/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fimg%2Finline%2F110000%2Finline_00117179_01.jpg%3Fxid%3D338605&xid=338605 600w, Armandinho disse que o prazo da CPI foi ampliado até o fim de agosto: “Recebemos denúncias da população”
 

“Recebemos denúncias da própria população e dos depoimentos. Há, inclusive, uma denúncia de irregularidades em transações imobiliárias de membros da diretoria da Cesan, que estão sendo investigados. Estamos bem adiantados e agora passaremos à fase de quebra dos sigilos fiscais e bancários dos investigados”.

Na reunião realizada na última quarta-feira, 25, a CPI ouviu duas testemunhas: o advogado Carlos Zaganelli, ex-servidor público da Câmara Municipal de Vitória e do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (Condema), e a advogada Denise Zelita, especialista em direito do consumidor. 

“Os cidadãos capixabas não estão recebendo um serviço, que é pago, com a devida qualidade e isso tem que ser corrigido”, afirmou Zaganelli, que também disponibilizou vários documentos para amparar suas declarações. 

Já Denise afirmou que o problema ocorrido em Vitória não se trata de crise hídrica, mas sim de uma falta de eficiência na entrega do serviço pela Cesan.    

“O que acontece aqui não é uma crise hídrica. Há água, mas ela não chega de forma eficiente e com qualidade aos moradores”.

Procurada, a Cesan afirmou que permanece à disposição das autoridades competentes para prestar os esclarecimentos necessários.


SAIBA MAIS


Prazo ampliado

  • Uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar possíveis condutas irregulares da Cesan no município de Vitória teve início no dia 21 de fevereiro, e originalmente iria até o final do mês de junho. 
  • Porém, os membros da comissão optaram por ampliar esse prazo em mais 60 dias. A previsão agora é de encerrar as investigações e divulgar um relatório final até o final de agosto deste ano.  

E do que se trata a CPI? 

  • O objetivo é analisar a prestação de serviço da Cesan à população da capital. A CPI surgiu após a Câmara de Vitória receber uma série de denúncias de supostas irregularidades. 
  • O vereador Armandinho Fontoura relatou à reportagem que, até o momento, a CPI já recebeu, dentre as denúncias, relatos de “falta de capacidade técnica de membros da diretoria da Cesan, indícios graves de corrupção e também negligência por parte da empresa e fraude nos pagamentos terceirizados”.
  • Ele relatou ainda que transações imobiliárias de membros da diretoria da empresa também estão sendo investigadas na CPI por possíveis irregularidades.

Fonte: Câmara Municipal de Vitória.

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