Bolsonaro confirma que vai se filiar ao PL

Presidente disse que entrada no partido será sacramentada com cerimônia planejada para o dia 22, número da sigla e ano da eleição

Jornal A Tribuna | 09/11/2021, 15:45 15:45 h | Atualizado em 09/11/2021, 15:59

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/img/inline/100000/372x236/inline_00106118_00/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fimg%2Finline%2F100000%2Finline_00106118_00.jpg%3Fxid%3D256731&xid=256731 600w, Jair Bolsonaro: filiação partidária
O presidente Jair Bolsonaro bateu o martelo e decidiu disputar a reeleição pelo PL, em 2022. A filiação ao Partido Liberal ocorrerá ainda neste mês e representa sua nona mudança de sigla desde que ingressou na política, em 1988. 

Bolsonaro preferiu o PL ao Progressistas (PP), com quem vinha negociando, por avaliar que terá ali mais autonomia para influenciar as decisões da Executiva e os diretórios regionais do que teria em outra legenda.

Presidente nacional, “dono” do PL e um dos personagens centrais do escândalo do mensalão, em 2005, o ex-deputado Valdemar Costa Neto confirmou ter conversado nesta segunda-feira (8) com Bolsonaro, que avisou já ter comunicado sua decisão ao ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira. 

“Ele disse para mim que falou com o Ciro hoje (ontem). E que o Ciro entendeu. Então, vamos tocar para frente o assunto e ver quando vamos fazer essa filiação”, afirmou Costa Neto ao Estadão. 

Ciro Nogueira é presidente do PP, mas se licenciou da função, e também da cadeira de senador, quando foi nomeado para a Casa Civil, em julho. Mesmo assim, é ele quem conduz as negociações mais importantes do partido.

Mais cedo, o próprio Bolsonaro disse à CNN que estava “99% fechado” com o PL e que se reuniria com a cúpula do partido, a fim de acertar os detalhes da filiação. “A chance de dar errado é quase zero”, afirmou o presidente à CNN.

Se não houver imprevistos, a ideia é fazer a cerimônia de filiação de Bolsonaro no dia 22, justamente por ser este o número do PL e o ano da eleição.

Na negociação para entrar no PL, Bolsonaro tem se preocupado em amarrar um acerto político pelo qual os partidos mais próximos de seu governo, como PP e Republicanos, também integrem a aliança para a campanha da reeleição. Na disputa de 2018, o então candidato do PSL se referia a essas legendas como “velha política”.

Agora, no entanto, o partido de Ciro Nogueira poderá ter o vice na chapa encabeçada por Bolsonaro. 

Desde novembro de 2019 Bolsonaro está sem partido. Após ter brigado com o comando do PSL, ele tentou fundar o Aliança pelo Brasil, mas não conseguiu assinaturas necessárias para formalizar a sigla no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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