Vídeo mostra PM em prostíbulo após assassinato de lutador

O lutador de jiu-jítsu Leandro Lo foi assassinado no último domingo

Adriano Wilkson, da Agência Folhapress | 14/08/2022, 12:04 12:04 h | Atualizado em 14/08/2022, 18:57

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/img/inline/120000/372x236/inline_00121914_00/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fimg%2Finline%2F120000%2Finline_00121914_00.jpg%3Fxid%3D375649&xid=375649 600w, Leandro Lo foi morto com tiro na cabeça
 

O tenente da PM Henrique Velozo foi à um tradicional prostíbulo em São Paulo, após a briga que resultou no assassinato do lutador de jiu-jítsu Leandro Lo no último domingo (7). Imagens de câmeras de segurança mostram o policial entrando na boate às 3h04 e saindo duas horas depois, acompanhado de uma mulher não identificada.

Os vídeos foram publicados primeiro pela TV Globo e confirmados pelo UOL Esporte junto à Polícia Civil, que investiga o caso. Velozo é o principal suspeito de atirar e matar o lutador, após uma briga durante um show de pagode no Clube Sírio. Segundo testemunhas, o policial atirou na cabeça do lutador após uma troca de provocações e agressões.

Os investigadores obtiveram relatório de consumo que mostra que o PM pagou por uma garrafa de um litro de uísque e duas doses de gim com energético no prostíbulo. A Polícia Civil informou que, depois de visitar o prostíbulo, o tenente passou a manhã e a tarde domingo no motel Astúrias, na zona oeste da capital paulista, de acordo com os registros do estabelecimento.

Ele seria preso no começo da noite, depois de ter um mandado de prisão decretado pela Justiça. Segundo os amigos que estavam com Leandro Lo durante o show de pagode no Clube Sírio, o PM se aproximou da mesa do lutador e fez provocações. Os dois brigaram, e o tenente foi imobilizado após sofrer um golpe de jiu-jítsu do campeão mundial. Ao se libertar da imobilização, o policial deu um tiro na cabeça do atleta, de acordo com as testemunhas.

Velozo era um dos seis policiais armados na casa de shows e teve o nome registrado na portaria do local. O registro ajudou os amigos do lutador a identificarem o PM após o crime.

De acordo com as comandas de consumo enviadas à polícia pela empresa Keep Young, que organizava o show naquela noite, tanto Leandro quanto Velozo consumiram bebida alcoólica durante o evento O policial gastou R$ 1.835 em gim, energético e água. Já o lutador pagou R$ 1.914 em uísque e energético.

O UOL Esporte entrou em contato com a defesa de Velozo, mas não havia recebido resposta até a publicação desta reportagem.

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