Venda de “produtos fantasmas” em redes sociais faz 1 vítima por dia

Após invadir o perfil da vítima, os golpistas fazem publicações se passando pelo dono da conta, vendendo diversas mercadorias

Eliane Proscholdt, Rafael Gomes e Roberta Bourguignon, do Jornal A tribuna | 12/02/2022, 17:36 17:36 h | Atualizado em 12/02/2022, 17:58

Um crime tem chamado a atenção da polícia: a invasão de perfis no Instagram e a venda de “produtos fantasmas” em redes sociais. O golpe faz   pelo menos uma vítima por dia na Grande Vitória.   

 Após invadirem as  redes sociais,  principalmente o Instagram, criminosos publicam mensagens (stories) anunciando TVs, geladeiras, máquinas de lavar e outros produtos em bom estado de conservação, geralmente  por preços atraentes.

 Titular da  Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Cibernéticos, o delegado Brenno Andrade  disse que o número de casos é muito maior, uma vez que nem todas as vítimas denunciam à polícia. 

Ele diz que o alvo pode ser qualquer pessoa, independente da quantidade de seguidores. “Entre as vítimas há desde famosos a pessoas comuns”. 

O delegado disse que os  perfis viraram alvos de criminosos que se utilizam de técnicas para roubar as contas e induzir seguidores a fazerem transferências de dinheiro. 

Após invadir o perfil da vítima, os golpistas fazem publicações se passando pelo dono da conta vendendo produtos. Eles utilizam as mais variadas desculpas para justificar os preços baixos e enganar possíveis compradores. 

Ao ver o anúncio, o interessado entra em contato e combina a compra. Com isso, o criminoso envia a forma de pagamento – geralmente  chave pix. Após receber, o golpista bloqueia a vítima.

Para invadir o perfil da primeira vítima, o golpista, geralmente, envia mensagem pelo Instagram  com ofertas, como descontos em restaurantes  ou sorteios.

Depois, o criminoso avisa que chegará um SMS no telefone e pede que a vítima coloque o link da mensagem no chat. Esse link é enviado pelo Instagram por meio da função “esqueci minha senha”. De posse do link, o  golpista consegue redefinir a senha e entrar no perfil.

“Infelizmente, as pessoas não se preocupam com a sua segurança digital e acabam ficando vulneráveis. Por incrível que pareça, essa invasão é feita sem grande sofisticação tecnológica”, afirmou o especialista em tecnologia da informação, Eduardo Pinheiro.

Para evitar cair em golpes como esses, o especialista sugere atualizar as senhas com frequência, ativar a verificação em duas etapas da conta e nunca enviar código ou link que tenha recebido.

Perfil  roubado no Instagram

Com mais de 20 mil seguidores, a   influenciadora digital Rowenna Coimbra, 26 anos, teve a sua conta no Instagram    roubada, ficando sem acesso por 11 dias. Após muito sufoco,  ela  conseguiu recuperá-la.

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/img/inline/110000/372x236/inline_00111143_00/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fimg%2Finline%2F110000%2Finline_00111143_00.jpg%3Fxid%3D293921&xid=293921 600w, A influenciadora ficou onze dias sem celular.
 

“Um conhecido  me enviou uma mensagem  na rede social dizendo que precisava receber um código por SMS para refazer a senha e, ao tentar ajudá-lo, eu  saí da minha  conta      e, quando voltei, a senha já não era a mesma”. 

No domínio da sua conta, criminosos  negociavam a venda de iPhone 11, TV 50” e geladeira. Dois conhecidos transferiram  R$ 500 para segurar o celular e R$ 150, pela TV.

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