"Ritmista foi vítima da guerra do tráfico", diz comandante do 1º Batalhão da PM

| 23/09/2020, 10:06 10:06 h | Atualizado em 23/09/2020, 10:32

O ritmista Patrick Loureiro dos Santos Menezes, 22, foi mais uma vítima da guerra do tráfico. Os bandidos que mataram o rapaz, na tarde de terça-feira (22), no Morro do Alagoano, tinham saído do Complexo da Penha na intenção de dar um ataque em rivais, na Ilha do Príncipe, mas mudaram a rota após se depararem com viaturas da Polícia Militar.

As informações são do tenente-coronel Borges, comandante do 1° Batalhão. "Quando viram as viaturas nas entradas da Ilha do Príncipe, eles desviaram a intenção e foram para o Alagoano, onde o tráfico também é inimigo da Penha, e covardemente passaram pelo beco disparando a esmo", afirmou Borges.

Patrick estava com amigos na entrada do Beco, e acabou sendo atingido por diversos disparos. Segundo a polícia, o jovem não tinha nenhum envolvimento com o crime.

"O objetivo não era o Patrick. Ele foi uma vítima dessa dura e covarde guerra do tráfico. Foram mais de 20 disparos sem qualquer preocupação com quem estaria ali próximo", ressaltou o tenente-coronel.

Os atiradores estavam em dois veículos. De acordo com as investigações, eles foram liderados por um traficante que acabou de sair da cadeia, na última quinta. "Essa nova figura é muito ligada ao traficante John Lenon, que está preso. Quando saiu da cadeia, na quinta, quis retomar as ações dele, atacando a Ilha do Príncipe”, disse.

Em nota, a Polícia Civil informou que o caso segue sob investigação da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vitória.

"Até o momento nenhum suspeito foi detido e outras informações não serão repassadas para que a apuração dos fatos seja preservada.

O corpo da vítima foi encaminhado para o Departamento Médico Legal (DML) de Vitória, para ser liberado pelos familiares e para ser feito o exame cadavérico, que apontará a causa da morte.

A Polícia Civil destaca que a população tem um papel importante nas investigações e pode contribuir com informações de forma anônima através do Disque-Denúncia 181, que também possui um site onde é possível anexar imagens e vídeos de ações criminosas, o disquedenuncia181.es.gov.br. O anonimato é garantido e todas as informações fornecidas são investigadas".

Apreensão

Depois que saíram do Alagoano, os veículos dos criminosos foram flagrados pelo cerco voltando para o Complexo da Penha. "A Força Tática foi até lá e foi recebida a tiros. Houve revide e, depois da ação, a tropa encontrou uma mochila com drogas. Seguindo na busca, o cão farejador achou uma grande quantidade de droga", revelou.

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Ao todo, foram apreendidos sete tabletes de maconha, quatro sacolas de cocaína, de quase três quilos, pasta base, fogos de artifício, três balanças de precisão e material para embalo de drogas.

Os criminosos conseguiram fugir, mas a Polícia Civil segue nas investigações. Durante a noite, por volta das 20h, um foguetório foi registrado na região do Complexo da Penha. O tenente-coronel não descartou a hipótese de que os fogos podem ter sido uma "comemoração" ao ataque no Morro do Alagoano.

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