Pastor é detido acusado de usar drogas e dirigir alcoolizado em Cachoeiro
O pastor de uma igreja evangélica de Cachoeiro de Itapemirim, de 35 anos, está sendo acusado pela polícia de portar drogas e dirigir supostamente alcoolizado. Ele nega o fato e afirma que estava em casa, assistindo filme com a família, no momento da ocorrência.
De acordo com a ocorrência, quatro policiais em motopatrulhas estavam na rua Arnô Herkenhof, bairro Vila Rica, às 20h30, quando o Corolla branco conduzido pelo pastor passou por eles com vidros escuros e fechados.
Os policiais suspeitaram do veículo e foram atrás, encontrando-o pouco adiante. A ocorrência informa que o pastor foi orientado a descer do automóvel. Ele estava acompanhado do filho, menor de idade. Na busca pessoal foi encontrado um papelote de cocaína no bolso de sua calça.
Os policiais pediram que o condutor do veículo fizesse o teste do bafômetro, mas ele negou. O pastor foi conduzido para a Delegacia Regional de Cachoeiro em uma radiopatrulha e o filho seguiu no banco de trás da viatura. As chaves do carro foram entregues a um sobrinho do pastor.
A Polícia Civil informou que o motorista assinou termo circunstanciado por posse de drogas para consumo próprio e foi liberado após assumir compromisso de comparecer em juízo. O filho também foi liberado.
Com relação à possível embriaguez ao volante, o caso foi encaminhado para a Delegacia de Infrações Penais Outros (Dipo) para melhor apuração dos fatos.
O nome do pastor não está sendo divulgado porque a ocorrência foi registrada como posse de drogas para consumo próprio.
Pastor faz live e desmente acusação
A reportagem conseguiu entrar em contato com o pastor pelo telefone. Ele, no entanto, pediu desculpas, disse que não estava em condições de falar naquele momento, mas que havia feito uma transmissão ao vivo no Facebook se posicionando a respeito da ocorrência.
“Não estou podendo atender ninguém agora. Minha esposa recentemente sofreu depressão. Mas fiz um ao vivo no Facebook. Deu 1 mil pessoas assistindo”, disse por telefone.
O pastor continuou: “Essas coisas vêm para querer abater a fé das pessoas. Quanto mais as pessoas propagam uma notícia dessas mais pessoas são feridas, machucadas. Então, em nome de Jesus, seja a boca de Deus na terra”.
Na live nas redes sociais, o pastor, ao lado da mulher e do filho, afirmou que sua família está sendo alvo de difamação e que suspeita até na possibilidade de ser uma guerra política, uma vez que a mulher é pré-candidata a vereadora.
O pastor declarou ainda que, na segunda-feira à noite, no mesmo horário da ocorrência policial, ele estava em casa, com a família, assistindo a um filme na TV.
“Na semana passada disseram que nós estávamos com coronavírus. As pessoas não cansam de querer nos perseguir. Graças a Deus temos um Deus poderoso que luta em favor de nossa vida”, disse na transmissão.
Em determinado momento da live, o pastor aponta a câmera para sua mãe, que também dá um testemunho: “Deus vai resolver essa causa, pois ele é nosso advogado fiel”.