Operação da Polícia Federal investiga desvio de recursos na Codesa no ES

Investigações tiveram início após denúncia sobre exigência de propinas por servidores da Codesa em contrato de locação de veículos

Agência Estado | 24/01/2023, 17:32 17:32 h | Atualizado em 24/01/2023, 17:40

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/img/inline/130000/372x236/inline_00133041_00/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fimg%2Finline%2F130000%2Finline_00133041_00.jpg%3Fxid%3D475032&xid=475032 600w, Operação da Polícia Federal investiga desvio de recursos na Codesa no ES
 

A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (24) a segunda etapa da Operação Corsários, que investiga a ação de suposta organização criminosa na Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), entre 2015 e 2018, direcionando licitações e desviando recursos públicos de contratos fechados com prestadoras de serviços, um deles para locação de veículos. Os agentes federais estão cumprindo oito mandados de buscas por ordem do Supremo Tribunal Federal.

A primeira fase ostensiva da investigação, aberta em maio de 2021, fez buscas em endereços ligados à senadora Rose de Freitas (MDB). Na ocasião, a emedebista negou enfaticamente ter cometido qualquer ato ilícito e denunciou 'tentativa de desabonar sua honra e dignidade'. Ressaltou que todos os esclarecimentos seriam prestados por seus advogados.

Na segunda etapa da Corsários, nesta terça, 24, agentes executam oito mandados de busca e apreensão no Espírito Santo, São Paulo e Distrito Federal. A ofensiva mira supostos delitos de peculato, crimes licitatórios, corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

As investigações tiveram início após denúncia sobre exigência de propinas por servidores da Codesa em contrato de locação de veículos. A Polícia Federal indica que também há indícios de fraudes em contratos firmados com outras empresas, entre 2015 e 2018.

"As apurações revelaram a existência de uma verdadeira organização criminosa infiltrada na empresa pública, por meio da indicação de pessoas de confiança do grupo para postos chaves, permitindo dessa forma a interferência nos certames, o superfaturamento e desvio dos valores pagos nos contratos subsequentes", explicou a PF em nota quando a primeira fase da operação foi instalada.

Sobre o nome da operação, a corporação explicou que corsário 'era alguém que, por missão ou carta de corso de um governo, era autorizado a pilhar navios de outra nação'.

"De forma semelhante, as investigações mostraram que pessoas eram nomeadas por parlamentar com autoridade e influência, com a finalidade de desviar recursos públicos da área portuária, pilhando verbas do próprio governo ao qual pertenciam", registrou a corporação.

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