"Não vamos tolerar", afirma secretário de Segurança sobre ataques a ônibus

| 31/07/2020, 09:10 09:10 h | Atualizado em 31/07/2020, 09:44

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/prod/2020-07/372x236/alexandre-ramalho-a62961ea299521a3cf8ff1cceda2906e/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fprod%2F2020-07%2Falexandre-ramalho-a62961ea299521a3cf8ff1cceda2906e.jpeg%3Fxid%3D134813&xid=134813 600w, Alexandre Ramalho, Secretário de Estado de Segurança Pública
O secretário de Segurança Pública, Alexandre Ramalho, disse que o Estado não vai tolerar os ataques a ônibus registrados recentemente na Grande Vitória. Em dez dias, quatro veículos foram incendiados por bandidos que reivindicam melhorias no sistema prisional.

“Nós não toleraremos esse tipo de situação. O Estado não pode aceitar, independente da causa e do motivo. Fato é que não podemos admitir que isso aconteça, que a comunidade seja prejudicada, que as pessoas tenham dificuldade de circular por conta de queima de ônibus. Isso traz um pânico muito grande para a comunidade”, disse.

A Polícia Civil está investigando os crimes e um suspeito foi preso após o ataque em Viana, no dia 20 de julho. “Trabalharemos com a inteligência e a investigação, que já iniciou com a prisão em flagrante de um desses indivíduos num desses ataques, preso em flagrante com uma arma de fogo, com todo histórico de criminalidade”, afirmou.

O secretário disse ainda que o policiamento será reforçado, mas ressaltou que os ataques têm ocorrido em regiões de pouca movimentação, o que dificulta a ação da Polícia Militar.

“Coibir isso na ostensividade é muito difícil porque isso é feito de forma covarde, no anonimato, quando não tem pessoas circulando, quando a Polícia Militar está bastante distante daquele local. Nós não conseguimos recobrir essas áreas ao mesmo tempo, mas temos inteligências fortes, integradas com o sistema prisional”.

Segundo Ramalho, os bilhetes deixados durante os ataques aos coletivos são o indício mais forte de que os crimes têm ligação. “A única relação que conseguimos no momento é a dos bilhetes. Em todos os casos está sendo deixado um bilhete com as questões prisionais, que não são de competência da Sesp. Nosso papel é atuar fortemente no remodelamento de policiamento ostensivo com as inteligências para que nós possamos investigar essas questões pelo DEIC e identificar essas pessoas”, afirmou.

O secretário disse que a Sesp trabalha para identificar e punir quem está dando a ordem para os ataques. “Caso tenha relação com o presídio, vamos identificar quem está lá dentro dando essas ordens e, principalmente nesse momento que não está tendo visita, como essas ordens estão saindo lá de dentro. A investigação é fundamental agora e é nessa linha que vamos trabalhar pesado para identificar e punir essas pessoas”, disse.

O secretário pede para que a população denuncie caso tenha informações sobre os autores desses crimes. “Vamos atuar pesado na investigação, com a inteligência compartilhando informações e ainda com apoio da população. Esses indivíduos circulam nas comunidades. Então, a informação que às vezes pode ser irrelevante para a comunidade, para nós é muito importante e o 181 é o canal que nós temos”.

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