Morte do ciclista em Cachoeiro: O que se sabe até agora

O filho e a nora da vítima confessaram o assassinato

Nathália Cerri Cantarela | 05/07/2022, 18:00 18:00 h | Atualizado em 05/07/2022, 18:00

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/img/inline/110000/372x236/inline_00119438_00/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fimg%2Finline%2F110000%2Finline_00119438_00.jpg%3Fxid%3D354982&xid=354982 600w, Duramir Monteiro foi morto em 28 de junho, pelo filho e a pela nora
 

Duramir Monteiro Silva, de 56 anos, desapareceu na noite do dia 28 de junho, após chegar de um ciclismo. Ele morava com o filho e a nora, que relataram seu sumiço à polícia no dia 1 de julho, quando começaram as investigações. O casal acabou confessando ter assassinado Duramir a facadas e, após, ateado fogo no corpo da vítima.

Segundo o delegado Felipe Vivas, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Cachoeiro de Itapemirim, o casal entrou em contradição durante depoimentos, e após pressão da polícia, acabou confessando o ocorrido. Segundo os suspeitos o crime aconteceu em legítima defesa, após Duramir ter tentado agarrar a mulher do filho.

A moça, de 20 anos, que afirmava estar grávida, disse que Duramir teria chegado por trás dela enquanto ela cortava um alimento, após o jantar, nesse momento ela teria utilizado a faca para atingi-lo, e , após ter visto o ocorrido, o filho de Duramir deu outros golpes nas costas e no peito do pai. "Estão alegando que seria uma suposta legítima defesa, mas se fosse uma legítima defesa por que não acionaram a polícia na hora?" indagou o delegado.

A polícia investiga se a motivação realmente foi a contada pelo casal, ou se havia premeditação para o crime. "Vamos ainda apurar se isso procede ou se tem outra motivação sobretudo ligada a cunho patrimonial", afirmou Felipe Vivas. Na residência a polícia encontrou 20 mil reais em espécie.

O crime aconteceu dentro da casa onde todos moravam, dividida também, por meio de paredes, com a ex-mulher de Duramir, mãe do rapaz acusado. Após o ocorrido a mãe ficou desconfiada porque o filho limpou a casa por diversas vezes. Ela também teria escutado barulhos, mas ao fazer perguntas não obteve confissão do filho.

O casal contou a polícia que enrolou o corpo de Duramir em lençol, tapete e edredom, e colocou no porta malas do carro, levando-o para uma propriedade da família da moça, em Castelo. Lá, ele foi colocado em uma cova e atearam fogo com o objetivo de ocultar o cadáver.

Já na casa, o delegado afirma que o casal realizou diversos tipos de limpeza. "Eles tentarem limpar a casa desde o dia do fato, limparam com alvejante, com cloro , com sabão... Até escova de dente usaram para limpar as frestas, sem sucesso porque fizemos perícia no local e acusou sangue na casa inteira", explicou Vivas.

A princípio apenas o filho da vítima havia sido preso, nesta segunda-feira (04), pois não havia flagrante para o casal. Ele foi preso por tentar ocultar provas limpando a casa e pela destruição do cadáver. Agora, a nora também foi presa por tentar influenciar no depoimento da sogra. A polícia também descobriu que a moça mentiu sobre a gravidez.

Os dois serão autuados por homicídio qualificado , agravado pelo fato da vítima não ter chance de defesa e pela ocultação do cadáver. As investigações continuam.

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