Família abre caixão e encontra serragem no lugar do corpo de bebê

A pequena Helena morreu enquanto ainda estava na barriga da mãe

Larissa Maestri, com informações do UOL | 01/08/2022, 18:05 18:05 h | Atualizado em 01/08/2022, 18:06

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/img/inline/120000/372x236/inline_00121043_00/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fimg%2Finline%2F120000%2Finline_00121043_00.jpg%3Fxid%3D368519&xid=368519 600w, Um vídeo registrado pela família mostra o momento em que os funcionários da funerária reviram a serragem no caixão para encontrar o corpo da bebê
 

Os pais de um bebê que nasceu sem vida encontraram serragem no caixão onde deveria estar o corpo da criança, minutos antes do sepultamento. O caso ocorreu no sábado (30), na cidade de Imbaú (PR). As informações são do UOL.

Ao abrirem o caixão na funerária, os pais encontraram serragem no lugar do corpo da bebê, que morreu na 24ª semana de gestação. De acordo com Débora Santos, advogada e tia da mãe da criança, a sobrinha dela, de 18 anos, perdeu o bebê no fim da noite de sexta-feira (29) e precisou ser submetida a um parto induzido para a retirada do feto em um hospital particular, em Ponta Grossa.

A mãe passou a madrugada na unidade de saúde particular, sendo liberada ao longo de sábado. No mesmo dia, por volta das 11  horas, Débora contou ao UOL que a família chegou ao necrotério do hospital para pegar o corpo da criança com a intenção de velá-lo, recebendo um invólucro no qual deveria estar o feto.

Em nota, a unidade confirmou que "equivocadamente, o corpo não foi retirado" e que está prestando esclarecimentos aos órgãos competentes sobre o caso.

"A família veio retirar o corpo junto com uma funerária de Imbaú para preparar o corpo. No necrotério, um funcionário de hospital mostrou o pacote lacrado, mas a avó da criança decidiu que iria olhar o corpo somente ao lado dos pais na funerária. O pacote foi colocado no caixão, porém chegando lá, só tinha serragem dentro do que foi entregue", relatou a advogada ao UOL.

Um vídeo registrado pela família mostra o momento em que os funcionários da funerária reviram a serragem no caixão para encontrar o corpo da bebê.

A situação colocou a família num misto de choque, revolta e pavor, sem saber onde estava a pequena Helena. Foi quando voltaram ao hospital e encontraram o corpo da bebê lá no necrotério. Ainda sem ter explicações do que tinha acontecido, levaram a criança a Imbaú para finalmente sepultá-la no fim da tarde.

"O que eles queriam fazer com esse corpo? Por que entregaram serragem no lugar do corpo? É muito sofrida toda essa situação. Entregaram o corpo como se nada tivesse acontecido. O que é isso? Paciência, né? Isso é crime", disse a advogada.  

A família disse que o problema causou transtornos no sepultamento, sendo realizado somente por volta das 19h, em Imbaú, cidade a 106 km de Ponta Grossa. O caso foi registrado pela advogada em um boletim de ocorrência contra o hospital como subtração de cadáver.

A Polícia Civil do Paraná foi procurada pelo UOL para saber se a corporação vai abrir inquérito sobre o caso e aguarda o retorno. "Não tem como isso passar em branco. Não é um fato normal ir buscar o corpo de um filho e receber uma serragem. Só quem sabe o que sentimento é quem realmente passa por isso", ressaltou Débora.

Retorno do hospital ao UOL

Em nota ao UOL, o hospital particular informou que "revisitou todas as etapas do protocolo de óbito da instituição", o que "confirmou que o corpo foi devidamente identificado no centro cirúrgico e encaminhado diretamente ao necrotério do hospital, aguardando a retirada pela funerária".

"A instituição disponibilizou o acesso ao necrotério para o agente funerário, que realizou os processos acompanhado por dois familiares do bebê e assinou o protocolo de retirada do corpo. Mais tarde, o hospital recebeu a informação de que o corpo não havia sido levado pela funerária. Equivocadamente, o corpo não foi retirado, permanecendo no necrotério até o fim da tarde quando, após o desfecho do caso, foi levado pela funerária para a família", afirma a nota. 

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