Empresário de Guarapari preso por comprar carga roubada
O empresário vai responder por receptação qualificada, agravada por ter sido praticada no exercício de uma atividade empresarial, e na Polícia Civil não teve fiança arbitrada.
"Ele receptou bens destinados ao estabelecimento no qual atua e por isso vai responder de maneira mais agravada do que outros receptadores. A pena é majorada e não existe fiança aqui. Somente o juiz vai poder arbitrar fiança", disse o delegado Guilherme Eugênio, titular da Delegacia Especializada de Investigação Criminal (Deic) de Guarapari.
O delegado ressaltou que o detido alega que é inocente e que não sabia que a carga era roubada, já que as pessoas que venderam o material para ele disseram que entregariam a nota fiscal posteriormente. Das 340 caixas roubadas, 338 foram recuperadas pela Polícia Civil.
O empresário passou a noite na carceragem da 5ª Delegacia Regional de Guarapari e, na manhã desta quarta-feira (28), foi encaminhado para o Centro de Detenção Provisória de Guarapari, onde aguardará a definição da fiança pela justiça.
Entenda o caso
Na manhã de terça-feira (27), um caminhoneiro de Santa Catarina acabou caindo no golpe do uniforme falso no Espírito Santo, durante a entrega de uma carga de descartáveis plásticos para uma sorveteria em Vila Velha.
O motorista Mariano Proença, de 50 anos, deveria fazer a entrega para o estabelecimento por volta das 7h da manhã, e ao se aproximar do destino da entrega, dois criminosos aguardavam com o uniforme da sorveteria e um caminhão, e disseram que a carga deveria ser passada para o veículo deles.
“Enquanto eu estava amarrando o restante da carga, eles assinaram o canhoto e foram embora. Eu não peguei documento e nem placa de caminhão. E só depois percebi que cai no golpe”, disse o caminhoneiro.
O próprio motorista encontrou o caminhão que fez o transbordo, pediu ajuda da Polícia Civil de Cobilândia, em Vila Velha, e toda carga foi localizada em Guarapari. Primeiro a carga foi deixada em um galpão na BR 101, próximo ao posto de gasolina “Tigrão”, e depois a carga foi levada por outros caminhoneiros, para a casa abandonada em Village do Sol.
A carga foi encontrada com a ajuda do segundo caminhoneiro contratado, que deixou as caixas na casa abandonada.
A Delegacia Especializada de Investigação Criminal (Deic) de Guarapari vai seguir com as investigações, e busca agora o ajudante de caminhão, conhecido como chapa, que esteve à frente do furto, e os indivíduos que estavam com o falso uniforme da sorveteria de Vila Velha.