Bairros mais perigosos para quem tem bicicleta na Grande Vitória

Jardim da Penha, em Vitória, e Praia da Costa e Itapuã, em Vila Velha, são os campeões de furtos e roubos de bikes na Grande Vitória

Eliane Proscholdt e Francine Spinassé, do jornal A Tribuna | 17/02/2022, 14:50 14:50 h | Atualizado em 17/02/2022, 14:57

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/img/inline/110000/372x236/inline_00111377_00/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fimg%2Finline%2F110000%2Finline_00111377_00.jpg%3Fxid%3D295565&xid=295565 600w, Adelson Santos, 50, redobra a atenção no trecho entre a Ilha do Príncipe, em Vitória, e São Torquato, Vila Velha
 

Basta olhar nas ruas para perceber que a bicicleta foi eleita por muitos como meio de transporte, sem contar que ela também é considerada a queridinha de quem não abre mão do exercício físico sobre duas rodas.

Só que ela também acaba sendo cobiçada por criminosos. No ano passado, 2.788 pessoas, sendo 2.230 na Grande Vitória, procuraram a polícia para denunciar furtos e roubos de bicicletas. Em janeiro deste ano, 294 já entraram nas estatísticas.

Embora a criminalidade esteja presente em todos os lugares, existem bairros mais perigosos. Mas quais são esses locais? Buscando essa resposta, a reportagem fez uma pesquisa no Painel de Crimes contra o Patrimônio, da Secretaria de Estado da Segurança Pública.

Na capital, por exemplo, entre os bairros que encabeçam a lista estão Jardim da Penha, Jardim Camburi, Praia do Canto, Enseada do Suá, Ilha do Príncipe, Bento Ferreira, Centro, Goiabeiras, Santa Lúcia e Mata da Praia.

Já em Vila Velha, o destaque fica para Praia da Costa, Itapuã, Glória e Centro, entre outros. 

Na Serra, estão no topo da lista o bairro Parque Residencial Laranjeiras, Colina de Laranjeiras, Jardim Limoeiro, Parque Jacaraípe, Bairro das Laranjeiras, entre outros locais. Já em Cariacica, Campo Grande é o bairro que lidera.

O chefe da 2ª Delegacia Regional de Vila Velha, Marcelo Nolasco, explicou que, no caso dos roubos, a maioria acontece em vias públicas, com a abordagem, enquanto ciclistas estão trafegando ou parando em algum local. Já quanto aos furtos, muitas vezes, eles acontecem em condomínios ou enquanto as pessoas fazem paradas.

Ele destacou alguns pontos que podem explicar o maior número de ocorrências no município, apesar de ter uma população semelhante à da Serra e de Cariacica. 

Entre eles, o próprio relevo da cidade, que é mais plano. “Não tem muitos morros, o que facilita o deslocamento das pessoas de bicicletas. Então, temos mais ciclistas transitando”.

O delegado ainda frisou que, além disso, o crime patrimonial geralmente busca regiões de pessoas com um maior poder aquisitivo. “Por isso, bairros como Praia da Costa e Itapuã acabam tendo muitas ocorrências”.

O armador Adelson Santos Porto, 50 anos, fica atento ao passar na Cinco Pontes, entre a Ilha do Príncipe, Vitória, e São Torquato, Vila Velha. “Um colega perdeu uma bicicleta ali. Os ladrões  estavam armados e a pé. A minha é uma cargueira, que deve valer aproximadamente R$ 1 mil. Penso em comprar outra, mas sempre repenso”.


SAIBA MAIS


Furtos e roubos

2021

Estado - 2.788

Grande Vitória - 2.230

2022 (Janeiro)

Estado - 294

Grande Vitória - 229

Horários com mais ocorrências

Curiosidade: 18 horas. É esse o horário com maior quantidade de registros nas ocorrências de furtos e roubos de bicicletas. Destaque também para crimes na madrugada, das 2 às 3 horas.

Em Jardim Camburi, Vitória, uma mulher foi flagrada pelas câmeras pulando uma grade de dois metros de um prédio e, mesmo com cerca elétrica, ela roubou uma bicicleta, que foi passada por cima da grade.

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