Anestesista é indiciado por mais dois crimes e Cremerj suspende registro

Decisão impede que o colombiano exerça a medicina no Brasil

Agência Folhapres | 26/01/2023, 16:23 16:23 h | Atualizado em 26/01/2023, 16:25

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/img/inline/130000/372x236/inline_00133212_00/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fimg%2Finline%2F130000%2Finline_00133212_00.jpg%3Fxid%3D476633&xid=476633 600w, Fachada da Secretaria de Estado da Polícia Civil, no centro do Rio de Janeiro
 

A Polícia Civil do Rio de Janeiro concluiu nesta quinta-feira (26) mais um inquérito contra o médico colombiano Andres Eduardo Oñate Carrillo por estuprar e gravar pacientes sedadas. Com isso, ele foi indiciado por mais dois crimes: estupro de vulnerável e exercício ilegal da profissão.

Também nesta quinta, o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) aplicou uma interdição cautelar, suspendendo temporariamente o registro profissional do médico. A decisão, por unanimidade, impede que o colombiano exerça a medicina no Brasil.

De acordo com a investigação, à época do crime, em 2020, Andres não tinha registro no Cremerj.

"A medida é um recurso do Conselho para proteger a população e assegurar a boa prática médica no estado do Rio de Janeiro. Paralelamente a isso, o processo de Andres Carrillo está em andamento e corre em sigilo, seguindo todos os ritos obrigatórios do Código de Processo Ético-Profissional. As punições previstas em lei vão de advertência até cassação definitiva do registro", diz a nota do Conselho.

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Na segunda-feira (23) ele já havia sido indiciado por estupro de vulnerável em um caso que aconteceu no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, o Hospital do Fundão, da UFRJ. Ainda há um terceiro inquérito em apuração na Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV).

As investigações contra Andres tiveram início em dezembro de 2022, quando a Polícia Civil recebeu informações do Serviço de Repressão a Crimes de Ódio e Pornografia Infantil (Sercopi) da Polícia Federal sobre um acervo de 20 mil arquivos de pornografia infantil nos computadores do médico, incluindo imagens de bebês com menos de um ano.

O UOL tenta contato com o advogado Mauro Fernandes da Silva, que representa o profissional de saúde. Caso a defesa do investigado queira se manifestar, esta nota será atualizada.

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